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ToggleAtentados com explosivos, tiroteios e motins carcerários sacodem o Equador em consequência da espiral de violência sem precedentes em que está submerso o país, a menos de um mês das eleições gerais antecipadas.
Em Esmeraldas, que viveu na última terça-feira (25) uma jornada de caos nas ruas e em uma de suas prisões, o Comitê Provincial de Segurança anunciou medidas ante os eventos violentos cometidos por bandos de delinquentes depois da intervenção estatal no sistema penitenciário nacional.
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Entre elas estão a proteção militar a subestações elétricas, a suspensão de atividades docentes presenciais e de simulacros para enfrentar o fenômeno climático El Niño, recomendações de teletrabalho e cancelamento das festividades pela independência da província.
Os incidentes em Esmeraldas ocorreram no quarto dia consecutivo de motins na Penitenciária do Litoral, localizada na província de Guayas, onde os motins deixaram 31 réus mortos e 14 feridos.
Em outras cadeias houve mais de cem uniformizados sequestrados, libertados horas depois, e reclusos em greve de fome em 13 prisões, um contexto que levou à declaração de estado de exceção por 60 dias em todas as prisões em escala nacional “por grave comoção interna”.
Reprodução/Twitter
Equador sofre com delinquência comum, violência política e uma crise carcerária que j´´a deixou quase 500 presos mortos
Estado de exceção
O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, também decretou estado de exceção com toque de recolher nas províncias de Manabí e Los Ríos, assim como no município de Durán, em Guayas, uma determinação criticada, porque já a tomou em mais de 10 ocasiões sem resultados efetivos.
A escalada de violência ocorreu também depois de que em 23 de julho foi assassinado a tiros o prefeito de Manta, Agustín Intriago, de 38 anos, um fato que comoveu toda a nação e expôs, uma vez mais, a violência política.
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Em 16 de julho, foi morto em Esmeraldas o membro do movimento Revolução Cidadã Rider Sánchez, que aspirava ao legislativo nas eleições de 20 de agosto próximo.
Esta situação não é inédita, pois na campanha prévia às eleições provinciais e municipais de 5 de fevereiro último, uma dezena de candidatos sofreram ataques, sendo que dois deles foram assassinados.
Em resumo, esta nação sul-americana sofre a delinquência comum, a violência política, a crise carcerária que deixou quase 500 presos mortos, e as consequências nas ruas das disputas das gangues do narcotráfico.
Dados oficiais indicam que o Equador encerrou 2022 com 4.823 homicídios intencionais, com uma taxa de mais de 25 por cada 100 mil habitantes, cifra mais alta da história, e estimativas indicam que em 2023 este número poderá chegar a 40 assassinatos por cada 100 mil pessoas.
Assassinato de prefeito estremece o Equador
Centenas de pessoas acompanharam em 24 de julho na cidade equatoriana de Manta o caixão do prefeito Agustín Intriago, cujo assassinato estremeceu a nação andina em meio à crescente onda de insegurança e violência política.
A multitudinária peregrinação ocorreu como parte da despedida do funcionário que foi baleado na véspera, com apenas 38 anos, enquanto candidatos presidenciais expressam seu pesar pelo ocorrido; alguns deles suspenderam suas atividades de campanha.
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Otto Sonnenholzner, Jan Topic e Yaku Pérez anunciaram que fariam uma pausa momentânea em suas atividades proselitistas prévias às eleições de 20 de agosto depois do crime contra Intriago.
A aspirante à chefia do Executivo pelo movimento Revolução Cidadã, Luisa González, manifestou condolências à família do prefeito e aos habitantes de Manta, renovando seu apelo a combater a insegurança e devolver a paz aos equatorianos. Enquanto isso, aumentam as críticas ao Governo por não responder com ações efetivas à crise de segurança no território nacional.
7 políticos assassinados
O caso de Intriago é um dos sete políticos assassinados no último ano no país, entre eles o candidato a deputado Rider Sánchez. A professora e especialista em temas de segurança, Carla Álvarez, afirmou que o ocorrido com o prefeito de Manta é mais um indicador da ineficiência da gestão do Executivo.
Em uma entrevista com a emissora local Rádio Pichincha, Álvarez referiu-se à importância de investimentos para estimular uma política de segurança efetiva e exortou os atuais candidatos presidenciais a divulgar as ações imediatas que realizarão, como e quanto gastarão para mitigar a violência.
A insegurança não dá trégua aos equatorianos que vivem dias sangrentos, com tiroteios e assassinatos e dezenas de mortos e feridos em várias províncias.
O Governo atribui a situação ao auge do narcotráfico e às disputas de gangues criminosas pelo controle do tráfico de drogas.
Redação Prensa Latina
Tradução: Ana Corbisier
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