Um dos assuntos mais comentados do momento, os incêndio da Amazônia, que geraram uma crise no Brasil e no mundo, abriram os olho da população brasileira em relação ao número de desmatamento, que subiu 67% nos primeiros oito meses de 2019, três vezes mais em relação ao ano passado.
De acordo com o professor de geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Cláudio di Mauro, o que as pessoas não estão levando em consideração é que o fato de que as atividades minerárias exercidas na Amazônia são desenvolvidas principalmente por empresas, por corporações internacionais.
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Em sua coluna semanal na TV Diálogos do Sul, o professor alerta que todo o ganho na região vai para os interesses das empresas estrangeiras, sejam elas canadenses, americanas, francesas norueguesas e até mesmo japonesas. “O certo é que essas grandes empresas já fizeram um parcelamento da Amazônia onde estão as riquezas naturais, predominantemente as minerárias, e onde elas vão desenvolver suas atividades cada vez mais de maneira aprofundada”, diz Cláudio.
Claudio cita que em Rondônia, atividades da Brascan (nome que mistura sua origem brasileira e canadense) destruíram rios. “Aqui em Minas Gerais, nós tivemos a Vale fazendo aquele desastre extraordinário, seja em Mariana, seja em Brumadinho. Por que não fica só no lugar onde fazem a exploração. Onde vão colocar os dejetos?”, questiona Cláudio.
“E quando tem o rompimento e os problemas de barragens e consequentemente toda a bacia hidrográfica fica submetida a destruição? Na Amazônia as coisas não são diferentes”, diz Cláudio ao citar exemplos de outras corporações que destruíram a vegetação brasileira.
“Nós temos que levar em conta que o Brasil é um país que está entregando seus benefícios para corporações internacionais”, afirma. “Seja na atividade minerária, na extração da madeira, seja na imbecilidade dos setores ruralistas que entram com o gado para garantir a possibilidade das empresas minerárias atuarem na área”, conclui o professor.
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