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Em carta a García Linera, escritor pede que Bolívia conceda refúgio a Battisti

Carlos Lungarzo esclarece as irregularidades no julgamento na Itália, denuncia perseguição ao PT no Brasil e diz que se for extraditado, morte do italiano será “horrível”
Redação
São Paulo

Tradução:

Após a prisão de Césare Battisti na Bolívia neste sábado (12), o pós-doutor e professor aposentado da Unicamp Carlos Lungarzo enviou uma carta ao vice-presidente da Bolívia, García Linera, pedindo que o país sul-americano conceda refúgio ao italiano.

Lungarzo é integrante da Anistia Internacional e autor do livro Os Cenários Ocultos do Caso Battisti (Geração Editorial, 2012), no qual descreve todos os processos dos quais o italiano é condenado e prova que se trata de uma perseguição política.

Na carta, Lungarzo esclarece a perseguição a Battisti e pede que a Bolívia conceda refúgio político a Battisti porque em caso de entrega ao Brasil ou à Itália, o italiano “terá uma morte horrível”. 

“Ele foi condenado há 30 anos. Por isso, sua pena está prescrita pelas leis da América Latina, onde não existe pena de prisão perpétua. Cuando foi julgado na Itália, ele foi julgado em ausência, sem testemunhas ou provas. Também lhe foi negado o direito a advogados. Há várias provas sobre isso”, escreve.

Carlos Lungarzo esclarece as irregularidades no julgamento na Itália, denuncia perseguição ao PT no Brasil e diz que se for extraditado, morte do italiano será “horrível”

Polícia italiana | reprodução
Battisti foi preso na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia

Ele defende ainda que se trata de uma perseguição ao PT pelo fato de o ex-presidente Lula ter decidido, em 2010, conceder o refúgio a Battisti. Em sua missiva, Lungarzo esclarece ainda que há um mês a justiça do Brasil revogou a permissão de permanência no Brasil e emitiu uma ordem de captura como um “ato de vingança contra o PT, porque o mesmo juiz que revogou seu visto foi o juiz que havia encabeçado a votação a favor de Battisti quando ele foi solto”. 

Confira a íntegra da carta:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação

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