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Haiti | Oposição não reconhece atual governo e rejeita novas eleições enquanto presos políticos não forem libertados

"A Ariel Henry apresentamos as demandas da população: a libertação dos presos políticos, outro Conselho Eleitoral Provisório e a conclusão dos julgamentos dos diversos massacres perpetrados por Jovenel Moïse", disse o advogado André Michel
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Porto Príncipe

Tradução:

A oposição Setor Democrático e Popular, no Haiti, rejeitou a realização das eleições neste ano e defendeu um amplo consenso político e social para resolver a crise que o país atravessa. 

A plataforma, composta por representantes de vários partidos e organizações da sociedade civil, não reconhece o gabinete recentemente instalado, chefiado pelo Primeiro-ministro Ariel Henry, e defende a ideia de um executivo de “duas cabeças”, composto por um chefe de governo e um presidente.

Eles também rechaçam a realização de um processo eleitoral enquanto Leon Charles continuar no comando da Polícia Nacional e os presos políticos não forem libertados. 

A estrutura, que rejeitou qualquer forma de diálogo com o presidente assassinado Jovenel Moïse, reuniu-se com o atual primeiro-ministro e membros da comunidade internacional para tratar da crise que se seguiu ao assassinato.

“A Ariel Henry apresentamos as demandas da população: a libertação dos presos políticos, outro Conselho Eleitoral Provisório e a conclusão dos julgamentos dos diversos massacres perpetrados por Jovenel Moïse”, disse o advogado André Michel, referindo-se às discussões com embaixadores e representantes de organizações internacionais. 

Eles também exigem a revogação dos decretos emitidos pelo antigo governante, incluindo os relacionados à Agência de Inteligência e a criminalização dos protestos.

Leia também: Pentágono revela que envolvidos no assassinato do presidente do Haiti receberam treinamento militar nos EUA

Muitas das exigências do Setor Democrático coincidem com as de outras forças políticas que recentemente apresentaram suas propostas, mas não conseguiram formar uma frente comum. 

Na semana passada outra estrutura, a Comissão de Busca de uma Solução Haitiana para a Crise, propôs um retorno à ordem constitucional de 1987 após a ditadura de François e Jean Claude Duvalier (1957-1986), bem como a criação de um executivo com um presidente e um primeiro-ministro e a formação de um Conselho Nacional de Transição.

Henry ainda não comentou a reunião com os políticos, embora durante seu juramento ele tenha apelado ao diálogo e à unidade nacional. 

Também ressaltou que as eleições, a democracia e o Estado de direito não são negociáveis, enquanto prosseguem as discussões com outros setores nacionais.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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