Faz sentido informar-se sobre o que acontece nos países vizinhos, cujos desafios para o desenvolvimento e para o combate às desigualdades são tão parecidos com os nossos, apenas por meio de agências e canais ligados a países como França, Estados Unidos e Inglaterra ou financiados por grandes bancos e empresas transnacionais?
Com o intuito de construir uma alternativa a essa dependência informativa, o coletivo ComunicaSul promove, desde 2012, coberturas de processos eleitorais e acontecimentos políticos relevantes no continente. O grupo conta com experientes jornalistas da mídia alternativa e de movimentos sociais brasileiros, que já passaram por nove países (em alguns deles, mais de uma vez): Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, Paraguai e Venezuela.
Além de abrir espaço a fontes historicamente silenciadas ou invisibilizadas, já que o grupo prioriza a visão da classe trabalhadora e do campo progressista sobre os fatos, a ComunicaSul tem como missão abastecer gratuitamente as mídias alternativas, comunitárias e populares do Brasil com conteúdo produzido in loco. O financiamento das coberturas consiste na arrecadação com entidades do movimento sindical e social simpáticas à proposta do coletivo [confira a lista no rodapé], além de doações e contribuições por parte do público em geral.
Neste mês de outubro, com agenda decisiva para os rumos do continente e para a retomada de uma maioria progressista na região, a ComunicaSul dividiu sua equipe ara uma dupla empreitada: cobrir o segundo turno das eleições no Equador, agendado para 15 de outubro, além de reportar a eleição na Argentina, que ocorre no dia 22.
São dois repórteres que estiveram no primeiro turno da eleição equatoriana e, desde o dia 25 de outubro, retornaram ao país andino para reportar tudo o que ocorre por lá.
“Estamos em Quito, no Equador, para cobrir o segundo turno das eleições, sendo que a outra metade da nossa equipe estará na Argentina, a partir do dia 17, para cobrir o primeiro turno por lá”, relata Caio Teixeira.
“Precisamos da ajuda de vocês pois não somos financiados por grandes bancos, grandes empresas ou pela mídia comercial. Fazemos jornalismo independente graças ao nosso público e às entidades que contribuem conosco. Ajudem-nos a fazer essa cobertura independente, pois com certeza o que você encontrará aqui não verá no resto da mídia”, sublinha.
Foto: Arquivo pessoal
Leonardo Severo, Caio Teixeira, Felipe Bianchi e Vanessa Martina-Silva
De acordo com Leonardo Wexell Severo, que também está no Equador, o apoio é fundamental para que o grupo siga produzindo informação em defesa de uma América Latina mais justa. “Acompanhe e compartilhe nossa cobertura. Buscamos colocar em outro patamar a defesa do Estado, de uma América Latina integrada, da soberania e dos direitos sociais e trabalhistas. É fundamental esse ‘outro lado’ da notícia para fortalecer uma mensagem de unidade e de defesa da integração latino-americana e caribenha”.
Como apoiar
Para ajudar o coletivo a realizar as coberturas de forma profissional e sem ônus, é possível contribuir de duas formas.
A primeira é pelo PIX, colaborando com qualquer quantia para a chave comunicasulcolaborativa@gmail.com
A segunda é pela vaquinha digital lançada pelo coletivo, que pode ser acessada aqui: https://abre.ai/comunicasul2023
No caso de entidades e organizações interessadas em fazer parte da rede de amigos e amigas da ComunicaSul, basta entrar em contato com o coletivo para firmar a parceria de acordo com as suas possibilidades.
Confira algumas reportagens publicadas pela ComunicaSul nesta eleição do Equador e baixe o e-book gratuito sobre a cobertura:
- “Reportando a história”: ComunicaSul lança publicação com reportagens do 1º turno presidencial equatoriano
- Para sindicalista equatoriano, só com Luisa será possível recuperar direitos trabalhistas
- Queima de arquivo no Equador: executados na prisão seis acusados pela morte de Villavicencio
- 67% dos equatorianos avaliam que Luisa venceu debate e a colocam mais próxima da presidência
- “Modelo neoliberal está tingido de sangue no Equador”, afirma ex-secretária de Erradicação da Pobreza de Correa
- Luisa propõe frente de indígenas a industriais equatorianos “para colocar a Pátria de pé”
Confira a lista de veículos e organizações amigas da ComunicaSul e da comunicação pela integração regional com soberania e desenvolvimento:
A Agência ComunicaSul está cobrindo as eleições de 2023 no Equador e na Argentina graças ao apoio das seguintes entidades: jornal Hora do Povo, Diálogos do Sul, Barão de Itararé, Portal Vermelho, Correio da Cidadania, Agência Saiba Mais, Agência Sindical, Viomundo, Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do RS (Fetrafi-RS); Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-RS); Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos; Federação dos Comerciários de Santa Catarina; Confederação Equatoriana de Organizações Sindicais Livres (CEOSL); Sindicato dos Comerciários do Espírito Santo; Sindicato dos Hoteleiros do Amazonas; Sindicato dos Trabalhadores das Áreas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa, e de Fundações Públicas do Rio Grande do Sul (Semapi-RS); Federação dos Empregados e Empregadas no Comércio e Serviços do Estado do Ceará (Fetrace); Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT Rio Grande do Sul (Fetracs-RS); Intersindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR); Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (AASPTJ-SP), Federação dos/as Trabalhadores/as em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-PR), Sindicato dos Trabalhadores em Água, Resíduos e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP); Sindicato dos Trabalhadores em Água, Resíduos e Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Sintaema-SC), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav-PR), Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp Sudeste-Centro), Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal de Santa Catarina (Sintrajusc-SC); Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (Sinjusc-SC), Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Pernambuco (Sintrajuf-PE), mandato popular do vereador Werner Rempel (Santa Maria-RS) e dezenas de contribuições individuais.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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