Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Argentina, Alberto Fernández, em reunião ontem no Kremlin coincidiram que é necessário dar renovado conteúdo ao acordo, firmado por ambos os países em 2015, que elevou a relação bilateral e “associação estratégica integral” e que está chamado a impulsionar a cooperação em todos os âmbitos.
“Estamos dando um passo muito importante para que a Argentina e a Rússia possam irmanar e aprofundar seus laços”, destacou Fernández ao fazer uso das palavras no que os anfitriões denominaram “declaração para a imprensa”, sem permitir perguntas aos jornalistas.
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Fernández e Putin dirigiram uma breve mensagem ao terminar seu encontro a portas fechadas, foi marcado pela cordialidade e o agradecimento recíproco, horas antes de que ambos os mandatários viajassem a Pequim para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno como convidados do líder chinês, Xi Jinping, com quem terão conversações por separado.
“Argentina é um dos sócios chaves da Rússia na América Latina, nossos países estão unidos por boas relações de amizade. Aspiramos potenciar nossa cooperação e buscar novos campos de interação”, afirmou Putin e mencionou que as empresas russas têm interesse em investir no país sul-americano, em especial nos setores elétrico, do gás, do petróleo e da indústria química, assim como estreitar a colaboração bancária.
Casa Rosada
Rússia está grata à Argentina por ser o primeiro país do hemisfério ocidental a registrar a vacina Sputnik V
Porta de entrada da Rússia na América Latina
O presidente argentino disse: “Creio que a Argentina de alguma maneira pode ser a porta de entrada da Rússia na América Latina. Poderíamos ser a plataforma para que a Rússia desenvolva a cooperação com outros países latino-americanos. O exemplo das vacinas é significativo, nós nos convertemos na plataforma para distribuir a vacina russa no Equador, Peru, Paraguai e isso é muito importante”.
O titular do Kremlin aproveitou a presença de seu colega argentino para deixar constância de que a Rússia “está muito agradecida'' à Argentina por ser o primeiro país do hemisfério ocidental a registrar a vacina Sputnik V.
Das 20 milhões de doses contratadas, já foram entregues 15 milhões, e é muito satisfatório que já esteja funcionando aí a produção da Sputnik V
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Fernández, por sua parte, disse que a “Argentina tem uma dívida com a Federação Russa porque foi a primeira que se preocupou para que os argentinos tivessem vacinas, nos permitiu esse primeiro acesso à Sputnik V e ter os níveis de imunidade que os argentinos registram hoje.
Isso demonstrou, além do mais, que podemos favorecer um intercâmbio tecnológico que nos permita começar a produzir não apenas vacinas, mas outras coisas em conjunto”.
Juan Pablo Duch é correspondente de La Jornada em Moscou
Tradução: Beatriz Cannabrava
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