As perdas econômicas ocasionadas pelo bloqueio unilateral dos Estados Unidos contra a Venezuela desde o ano 2014 ascende aos 114.302 bilhões de dólares, destacou hoje a economista Judith Valencia.
Em declarações ao programa Boza con Valdez, transmitido pela Venezuelana de Televisão, a especialista explicou algumas estatísticas apresentadas por Fundalatin no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, no último dia 17 de março.
A esse respeito, enfatizou que as medidas de asfixia provocam detrimentos financeiros equivalentes às importações de medicamentos e alimentos para abastecer o país sul-americano por aproximadamente 26 anos.
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Com esse dinheiro 'podiam prestar serviços de saúde ambulatoriais, preventivos e curativos tanto no setor público como privado da nação durante 10 anos', afirmou Valencia.
Além disso, precisou que os recursos garantiriam o direito à educação durante 10 anos a toda a população venezuelana e corresponde à dívida externa pública total que deve ser paga em um prazo de duas décadas.
Por outro lado, sustentou que com 1.200 bilhão de dólares deixados de receber pela retenção do ouro na Inglaterra poderiam importar alimentos para toda Venezuela durante seis meses.
'Outro elemento interessante que evidencia a Fundalatin é que desses mais de 114 bilhões de dólares, 21.450 bilhões são as perdas pelo bloqueio financeiro, por embargo comercial, pelo roubo dos ativos de Citgo, pelo ouro retido na Inglaterra e pelos euros bloqueados em Euroclear', detalhou Valencia.
Nesse sentido, dimensionou que 'a ofensiva tem sido em cascata: iniciou em 2014, depois do fracasso da operação A Saída, para derrubar o presidente Nicolás Maduro'.
De forma cronológica, a especialista listou as principais ações de asfixia financeira de Washington contra Caracas, explicando que o início da arremetida foi com a assinatura do decreto do ex-presidente estadunidense Barack Obama, que qualificou o território venezuelano como uma ameaça incomum e extraordinária.
Por último, a economista destacou que no primeiro trimestre de 2019 os impactos superaram os 35 bilhões de dólares, com especial ênfase na retenção dos rendimentos gerado pela estatal Petróleos da Venezuela (Pdvsa) em suas sucursais estrangeiras.