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Ahed Tamimi de 16 anos é um símbolo da resistência, porque levanta o mundo contra o ministro da Educação, que pede para ela a prisão perpétua
Uma menina desarmada de 16 anos faz tremer o “poderoso” Estado de Israel.
Chamam-lhe “agressora” porque, juntamente com a sua prima Nour, esbofeteou dois soldados no pátio da sua casa, em frente de uma câmara de vídeo. O exército invadiu a casa dela pela calada da noite e a levou presa, junto com a mãe e a prima.
No tribunal militar, juntaram várias acusações dos últimos cinco anos. Dizem que ela uma vez alvejou soldados com um estilingue e noutra mordeu a mão de um que queria levar seu irmão mais novo preso. Apontam-lhe “crimes” cometidos desde os 11 anos de idade.
Mas o que fazem na aldeia de Ahed os soldados mordidos, apedrejados, esbofeteados? São soldados ocupantes, armados até os dentes, que todos os dias demolem casas e escolas, roubam poços e expropriam terras. Na manhã do esbofeteamento, tinham ferido na cabeça um outro menino, primo de Ahed, que ficou em coma induzido.
Muitas terras na aldeia da Ahed, situada na Cisjordânia, foram colonizadas. Os habitantes nunca desistiram de protestar contra esse roubo e, por isso, foram sempre reprimidos. Ahed testemunhou a morte de membros da sua família e viu muitos serem presos.
Ela é um símbolo da resistência porque levanta o mundo contra o ministro da Educação, que reclama para ela a prisão perpétua.
Ações estão sendo realizadas em todo o mundo para pedir a libertação de Ahed Tamimi e todas as outras crianças detidas nas prisões israelitas. Acompanhe as ações do coletivo português aqui.
Por Esquerda.net, via palestinavence.blogs.sapo.pt