Mais um candidato aderiu à já lotada lista de aspirantes do Partido Democrata à cadeira de presidente da república dos EUA: Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e magnata da mídia, entrou formalmente na corrida presidencial neste domingo (24).
De acordo com o primeiro-vice-decano da Faculdade de Economia e Política Internacional da Escola Superior de Economia da Rússia, Igor Kovalev, a entrada tardia do candidato na corrida democrata, que já dura três meses, pode indicar ceticismo em relação às chances do ex-vice-presidente Joe Biden de perdurar as primárias e derrotar Donald Trump no ano que vem.
Gage Skidmore
"Bloomberg tenta se colocar como candidato da velha elite política – é um confronto entre velhos e novos políticos.
“As velhas elites políticas, que mantiveram por muito tempo o controle político dos EUA em suas mãos, temem muito seriamente que um candidato informal ganhe as eleições primárias graças aos votos, se possível dizer assim, da zona rural dos EUA – de pessoas que até então, em geral, não participavam da política, não votavam”, explicou.
Para ele, Trump foi capaz de impor uma nova agenda política, priorizando temas econômicos, o que angariou apoio considerável do eleitorado rural.
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Por outro lado, “Bloomberg tenta se colocar como candidato da velha elite política – é um confronto entre velhos e novos políticos: Trump entendeu as demandas da nova elite política, enquanto a velha não quer abrir mão de sua posição e tenta se livrar de Trump a qualquer custo”.
O Partido Democrata já iniciou seu processo de primárias, que conta com 18 candidatos, dentre eles Joe Biden, Elisabeth Warren e Bernie Sanders. O vencedor das primárias e futuro candidato à presidência dos EUA pelo partido será definido no terceiro trimestre de 2020.
As eleições gerais norte-americanas estão previstas para ocorrerem em 3 de novembro de 2020. Donald Trump já expressou seu desejo de concorrer a um segundo mandato.
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