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Cannabrava | Nossos líderes estão dispostos à quebra do status quo para reconstruir o Brasil?

Aplicar reformas que rompam com o projeto neoliberal está longe de ser fácil e esbarra na intenção da direita de manter a hegemonia conquistada em 2018
Paulo Cannabrava Filho
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Getúlio Vargas havia pensado o trabalhismo como via ao socialismo e condição para independência e soberania do país libertar-se das amarras do imperialismo. Imperialismo, com todas as letras, identificado como a força – oculta ou explícita – a impedir o desenvolvimento do país. Para conduzir esse processo, Vargas criou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Essa é a velha tática herdada do imperialismo colonialista britânico que lhe antecedeu. Lendo as matérias publicadas na Diálogos sobre a crise que se constrói na Europa do Leste, tem o objetivo perseguido por todos os governos estadunidenses, desde 1945 até hoje, de barrar por todos os meios o desenvolvimento da Rússia e impedir que a China realize seu projeto integrador euroasiático através de rotas e infraestrutura.

Os discursos de Vargas nunca foram ensinados nas escolas, como ocorre na Argentina, por exemplo, em que todos estudam a obra de Peron. A mídia demonizava Vargas dizendo que ele queria peronizar o Brasil, impor ditadura dos sindicatos, coisa que nunca ocorreu no vizinho país. O que ambos tinham em comum era o nacionalismo e o desenvolvimentismo com justiça social e o entendimento sobre a necessidade de uma integração latino-americana.

O trabalhismo proposto por Vargas tinha algo do Labour Party britânico, que nasceu com proposta socialista no movimento sindical; que conformou com outros partidos europeus a Internacional Socialista, responsável pelo Estado de bem-estar social que perdurou por algumas décadas. 

Leonel Brizola iniciou, em finais dos anos 1970, a refundação do PTB de Vargas no seio da socialdemocracia europeia, com a presença das maiores lideranças da época como Willy Brandt e Mário Soares. Veio para o Brasil como um dos vice-presidentes da Internacional Socialista. Tinha consciência de que, na transição conduzida pelos militares, a frente democrática e a esquerda precisavam de apoio externo para afiançar seu projeto.

Os militares no poder, assim como os Estados Unidos, tinham em Brizola o inimigo principal. Isso por razões muito concretas. Brizola nos anos 1950 protagonizara uma revolução no Rio Grande do Sul, colocando todas as crianças nas escolas, entregando terras para camponeses organizados em cooperativas, expropriando concessionárias estadunidenses de energia e de telefonia que emperravam o desenvolvimento. Não bastasse, havia liderado o mais belo movimento de resistência desse nosso povo, frustrando o golpe militar-oligarca pró imperialista de 1961. Retornado do exílio, foi governador do Rio de Janeiro por duas vezes, imprimindo sua marca de estadista.

Roubaram-lhe a sigla. Contudo, o trabalhismo renasce no PDT com a proposta de retomada do desenvolvimentismo trabalhista: o projeto Vargas de um Brasil soberano, independente, socialista.

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Na transição conduzida pelos militares, ainda na década de 1980, o que era a grande frente democrática de oposição se fraciona dando origem a dezenas de partidos, à esquerda (oposição) oriundos do MDB e à direita (situação) da Arena. Mas, não era bem assim. A verdade é que parte do que estava na oposição era também conduzida segundo os interesses da preservação do status quo, ou seja, a institucionalidade oligarca garantida pelas forças armadas.

O que era o PTB se perfila à direita, junto com PFL, DEM, etc. O novo PDT à esquerda. Surgem o PSDB e o PT que se alternariam no poder dando a impressão de haver uma polarização. A questão era o PSDB ter um projeto de se eternizar no poder, que foi frustrado com a ascensão de Lula à Presidência. Ninguém acreditava que isso poderia acontecer. Aconteceu porque Brizola transferiu 100% dos votos para Lula.

Apesar disso, na verdade, não há incompatibilidade real entre esses dois partidos. 

PT e PSDB idelogicamente não são opostos. O Partido dos Trabalhadores foi criado com a intenção de ser o partido da socialdemocracia no Brasil; e os tucanos colocaram essa intenção no próprio nome do partido: Partido da Social Democracia Brasileira. 

Com isso enganaram muita gente. Por trás de um discurso pseudoprogressista, estava a intenção de acabar com a Era Vargas, explícita nos discursos de FHC – e demais ideólogos dos tucanos – e de Francisco Weffort, na época ideólogo do nascente PT e do próprio Lula, em harmonia com o projeto da Igreja de Roma que almejava ter o maior partido democrata cristão no maior país cristão do planeta.

Com os militares mais uma vez conduzindo a transição da ditadura para a democracia, todas essas forças confluíram para o projeto de acabar com a Era Vargas, sua liderança maior, Leonel Brizola, e o que ela significava, junto com os comunistas, na condução do movimento sindical. 

O sindicalista Luís Inácio da Silva foi um dos principais protagonistas nesse projeto, assim como o senhor Fernando Henrique, este movendo-se pelo Brasil e pelo mundo com dinheiro dos Estados Unidos. As pessoas esquecem que o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) foi instituído com dinheiro a fundo perdido fornecido pelo governo dos Estados Unidos através da Fundação Ford. Ninguém tampouco perguntou de onde vinha o dinheiro durante a campanha de Fernando Henrique para o Senado e, na sequência para Presidência da República. Tudo parecia cor-de-rosa, legal. Um dia a história será revelada. 

Faço essas considerações para instigar o leitor a pensar o que é que pode estar por trás dessa aliança entre o prototucano Geraldinho de Pinda e a candidatura Lula. Pelo exposto, pode parecer a coisa mais natural do mundo. Ambos os partidos nascem com propósitos comuns e ambos foram bons gestores do projeto neoliberal.

Essa é que é a questão. Essa aliança é para fortalecer ou manter o projeto neoliberal ou para quê?

Lula faz um discurso apontando a um rompimento com o projeto neoliberal, fazer a contrarreforma trabalhista e previdenciária, devolver protagonismo à Petrobras como estatal indutora do desenvolvimento, reativar a estratégia de desenvolvimento industrial, colocar o pobre no orçamento, praticar uma política externa independente, entre outras.

Para isso, tem que conseguir, primeiro, eleger-se. Segundo, além de eleger uma grande bancada, ter apoio de uma frente partidária que dê sustentação às contrarreformas necessárias.

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Longe de ser fácil, esse desafio esbarra na intenção da direita de manter a hegemonia conquistada na eleição de 2018. Qualquer projeto colocado pelo Executivo é aprovado por pelo menos 300 votos, contra 100 votos no máximo da oposição. Essa verdadeira ditadura da maioria se apropriou do Orçamento da União e conta com recursos das Emendas Parlamentares e até com um Orçamento Secreto, para manter a fidelidade de suas bases eleitorais.

Um partido agonizante

Alkmin teve menos de 5% dos votos na última eleição presidencial. O PSDB está em crise terminal. Quem preside o PSDB no Rio de Janeiro, o milionário Roberto Marinho, realizava em sua casa as reuniões de coordenação da campanha do PSL, que tinha o capitão e o general na cabeça de chapa. Foi um dos grandes articuladores das alianças com vistas a garantir a governabilidade no Legislativo que também estava sendo eleito.

Em Minas Gerais, Aécio Neves, desmoralizado por atitudes golpistas e apoio explícito ao governo de ocupação, também condenou o PSDB à extinção, se não à execração.

No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite queria ser o candidato, perdeu para Dória, não se acha com a militância e está também em vias de desembarque.

Até as vestais do tucanato estão desmoralizadas. FHC, desmoralizado. Jereissati, nem com todo o dinheiro que tem conseguirá manter unido o partido no Ceará natal.

Alkmin foi praticamente expulso do partido pelas hostes do Dória. Pensar que o Geraldin possa agregar votos de paulistas ou de paulistanos é ignorar a essência conservadora e atrasada dessa gente. 

Tem que abrir o jogo. Manter viva essa criatura merece uma explicação. 

A Diálogos do Sul publicou ontem uma crônica do nosso correspondente em Lima, Gustavo Espinoza Montezinos, em que, referindo-se aos arranjos políticos do presidente Pedro Castillo, cita o Fausto de Goethe para advertir que os anos de felicidade prometidos pelo demo foram na realidade anos de tormento e angústia. 

Tem mais… Ceci Juruá, economista, professora universitária, do Conselho da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), também colaboradora da Diálogos do Sul, me manda um recado que é uma séria advertência e me sinto na obrigação de reproduzir: 

Penso que você entende que a formação dessa dupla Lula-Alkmin atenta contra princípios republicanos. Se ela se efetivar, será a primeira vez que teremos dupla de um único estado. Não por acaso, o estado-sede dos conglomerados transnacionais. Horror!

Franklin Martins, na segunda (7), no Canal do Barão, disse que nada está fechado com relação a Alkmin ser ou não ser vice na chapa, que o grande significado dessa união é dizer pro mundo que estamos aqui, todos contra esse governo maluco. É o coordenador de comunicação da atual campanha eleitoral. Sabe o que diz.

Eu pergunto, perguntaram para os militares?

A direita se organiza

Enquanto a esquerda se mantém entre perplexa diante de uma realidade que não entende e as imponderabilidades de Lula, a direita se organiza para garantir a continuidade, assegurar seus privilégios.

Aplicar reformas que rompam com o projeto neoliberal está longe de ser fácil e esbarra na intenção da direita de manter a hegemonia conquistada em 2018

Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr
Há alguém disposto à quebra da institucionalidade?

Gilberto Kassab, lembro que começou sua carreira elegendo-se vereador pelas mãos das empresas imobiliárias – incorporação, construção e venda – e na onda da campanha de Afif Domingos, do PL, em 1992, que mandava da Associação Comercial de SP. Do PL, foi para o PFL e na sequencia ajudou a fundar o DEM, partido que comandou até 2011, quando com dissidentes de várias siglas funda o PSD, Partido Social Democrático, que preside. Vê-se também aqui a apropriação de um nome que remete a uma ideologia e a uma prática política inexistentes no partido, arauto do neoliberalismo.

A Justiça deveria proibir partidos de adotarem nomes que significam aquilo que não são.

Kassab, sempre à disposição para servir a qualquer governo. Entre 1997 e 98 serviu ao prefeito Celso Pitta, aquela invenção do Paulo Maluf, lembram? Deputado federal de 1999 a 2005; vice-prefeito do tucano José Serra, 2005 a 06; prefeito de 2006 a 13; ministro das Cidades de Dilma (PT) de 2015 a 16; ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do ilegítimo governo de Michel Temer (MDB); e atualmente chefe da Casa Civil do tucano João Dória no governo de São Paulo. 

Importante registrar, para que se veja, que Kassab de neófito tem nada. É quem manda no PSD, que lançou a candidatura do mineiro Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, à Presidência da República. Em São Paulo, Kassab está costurando a candidatura de Felicio Ramuth, prefeito de São José dos Campos, zona metropolitana no Vale do Paraíba, para o governo do estado. Felício é outro tucano desgarrado.

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O que eles querem com isso? Ajudar a reeleger e eleger deputados e senadores e com isso garantir o poder do Centrão. A aposta é ter cacife para negociar o apoio no segundo turno. Votos a troco de cargos e apoio ao governo a troco de prebendas. É assim que funciona.

Tadinho do Moro. O juizeco analfabeto funcional, com todo o dinheiro do mundo, está perdido nesse covil de raposas em que transformaram a politicalha brasileira. Foi lançado candidato pelo Podemos mas seus correligionários estão se dando conta do fracasso que é. Moro depende agora de seus patrões dos Estados Unidos. Estarão ou não dispostos a seguir bancando esse coringa?

Bolsonaro fora do 2º turno

Um dos mais prestigiados criminalistas, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, com toda sua experiência, avalia que Bolsonaro não será reeleito e poderá ser processado criminalmente pelos crimes de diversas naturezas cometidos, que vão desde peculato à homicídio doloso. Avalia também que os filhos, de 01 a 04, tampouco escaparão à Justiça. Todos cometeram algum tipo de crime, que vai da compra de mansões, especulação imobiliária em terras griladas, rachadinhas, cumplicidade com as milícias, manipulação das redes sociais com objetivo de fraude eleitoral, abuso do poder econômico e outros que tais.

É de se perguntar: com tais evidencias de que crimes foram cometidos, por que não foi acionada a Justiça? 

O próprio advogado admite que a correlação de forças não permite. Cita como exemplo o controle da Câmara exercido pelo PP. Eu acrescento a cumplicidade do Judiciário com a manutenção do status quo. Juízes têm horror a uma possível quebra da institucionalidade, e isso desde o tempo de D. João VI. Haverá alguém disposto à quebra da institucionalidade?

Se isso é certo, por acaso mudou a correlação de forças? Vão esperar acabar o mandato e mudar a correlação de forças para acionarem a Justiça? 

E se o mandato continuar? Acham que vai mesmo mudar a correlação de forças? Vai mesmo mudar?

Gente. Não é assim que se faz política e menos ainda Justiça. 

O crime foi cometido? Tem que ser aberto processo imediatamente. As evidências das rachadinhas são tão flagrantes, o suficiente para cassar os mandatos do vereador, do deputado federal e do senador. Por que nada acontece? Minha gente… simplesmente porque parte da Justiça é parte do complô.

O PGR nada faz, a gente fica atado, argumentam. 

Se o PGR nada faz, o que pode sacudir os alicerces do poder é a mobilização popular. E é aí que a porca torce o rabo. Ninguém quer se expor ao juízo das massas.

Tudo para depois que eles deixarem o governo. 

Vocês acham que com essa ameaça eles vão querer deixar o governo? 

Processá-los depois que deixarem o governo envolverá as forças armadas como um todo, pois o governo é projeto militar.

Veja o caso do Fabricio Queiroz. A mídia dedicou tanto espaço para ele que se sente popularmente forte para se candidatar a deputado federal pelo PTB do Roberto Jefferson.

Chapa puro sangue

Também nos planos da reeleição, está havendo demora na escolha de vice, pois como é de se esperar, há um bando de urubus voando em torno da carniça. Damares Alves – ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, terrivelmente evangélica – e Tereza Cristina (DEM) – ministra da Agricultura, a preferida do Centrão – aparecem como cotadas. A meu ver, puro diversionismo, mostrar que mulheres importam.

Não faz sentido a união do PT com um tucano decadente como Alckmin

Como o governo resultou de uma manobra militar, estou apostando numa chapa puro sangue, integralmente verde-oliva, o capitão fazendo placê com o general Braga Netto, ministro da Defesa, ou o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Vaidade das vaidades, vai ter briga de foice no escuro para ver qual dos generais – uns 15 mais ou menos, ou serão marechais? – vestirá a faixa de vice com muita chance de logo ser titular.

Estratégia de continuidade

Outro erro de avaliação é dizer que a direita está dividida entre Bolsonaro e Moro. Não está.

Já mostramos que a direita não está dividida e sim estrategicamente conta com Bolsonaro e com Moro. É muito diferente. Dizer que há divisão é enganar os incautos.

A estratégia da continuidade contempla ocupar todos os espaços (todos), inclusive aqueles da oposição.

Já ocuparam praticamente todos os centros de decisão na máquina administrativa e fora dela, e continuam a ampliar a presença de seus apaniguados neles. Pessoal do Centrão escolhido para os melhores empregos, os de mais alta remuneração.

Eleger deputados para assegurar maioria parlamentar. É a hora e vez do Centrão. Contempla também fortalecer o PL, partido que até abril será o que mais cresce. A ida do Bolsonaro está provocando debandada em vários partidos, mas o que mais está perdendo com certeza é o PSL. A deputada Bia Kicis é a mais recente migrante.

Há que considerar que DEM e PSL, fundidos no União Brasil, com a maior bancada e maior fatia do bolo, digo, fundo eleitoral, será um forte protagonista na definição da governabilidade.

Reforçar a comunicação através da Secom e a contratação de agências de publicidade. Mobilizar e remunerar as milícias cibernéticas. Aqui entram, tal como na campanha de 2018, empresas privadas como Havan ou Riachuelo, com dinheiro, gente e equipamento para a ciberguerra.

Mobilizar e financiar as milícias armadas. Além daquelas tradicionais, de origem das PMs e do crime organizado, estão surgindo novos milicianos ligados ao agronegócio e a extremistas adeptos do fascismo e do nazismo.

Tratar de unificar o voto evangélico. O Republicanos, da IURD, feudo do bispo mais rico do mundo, Edir Macedo, votaram e apoiaram Lula, votaram e apoiaram Bolsonaro, agora há setores dentro da grei em dúvida sobre continuar apoiando ou bandear-se para a oposição. A grande força da IURD está na TV Record e redes coligadas e nas milhares de rádios emissoras municipais. Poderá haver dissenso na base, não creio que na cúpula. É muito dinheiro em jogo.

Importância da PF

Manter a Polícia Federal sob estrito controle faz parte da estratégia não só da continuidade no poder como de poder seguir depredando e saqueando o território à vontade. Um dos filhos é delegado da PF, e o Executivo manobrou para tirar da influência do Ministério da Justiça e passar para o comando direto da Presidência. Primeiro colocou um PF como ministro da Justiça. Em seguida, concedeu aumento privilegiado e agora está nomeando delegados para cargos importantes tanto no Brasil como no exterior. Tinha 15 adidos às embaixadas, agora quer 30 e já está nomeando amigos. Sinecura das boas com salário de 10 mil dólares. Antes, para chegar a um posto como esse era por concurso, agora basta ser amigo.

Termino repetindo a pergunta que considero a mais instigante. Há alguém disposto à quebra da institucionalidade? Havia condição em 2018 diante da fraude eleitoral… deixaram para depois… e agora continuam deixando tudo para depois e assim a institucionalidade se eterniza.

Paulo Cannabrava Filho

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Paulo Cannabrava Filho Iniciou a carreira como repórter no jornal O Tempo, em 1957. Quatro anos depois, integrou a primeira equipe de correspondentes da Agência Prensa Latina. Hoje dirige a revista eletrônica Diálogos do Sul, inspirada no projeto Cadernos do Terceiro Mundo.

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