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Caso García Luna: senador republicano quer acesso a detalhes confidenciais do processo

Charles Grassley enviou uma solicitação à DEA e ao FBI no dia seguinte ao término do julgamento contra García Luna, em 22 de fevereiro
Jim Cason
La Jornada
Washington

Tradução:

Os advogados de defesa de Genaro García Luna ofereceram entregar materiais e documentos dos promotores da DEA e FBI em resposta à solicitação do senador Charles Grassley, o republicano de maior apetite do Comitê Judicial do Senado, para determinar quando e como as agências estadunidenses se inteiraram de que o ex-secretário de Segurança Pública era corrupto. 

Em uma carta ao juiz Brian Cogan, os advogados de defesa encabeçados por Cesar de Castro informam que estão de acordo em entregar ao senador informação proporcionada por agências do governo estadunidense durante o julgamento, se o juiz modificar a ordem de proteção sobre esses materiais.  

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O senador Charles Grassley enviou uma solicitação à DEA e ao FBI no dia seguinte ao término do julgamento contra García Luna, em 22 de fevereiro, pedindo que explicassem “o que sabia cada uma de suas agências sobre a corrupção e atividade criminosa de García Luna, quando ficaram sabendo dessa informação e como ficaram sabendo dessa informação”.

Também solicitou que os chefes das duas agências identificassem “os indivíduos aos quais suas agências comunicaram essa informação [sobre a corrupção de García Luna] e as datas em que cada peça de informação foi comunicada”.

Caso García Luna: quem vai responder pelo fracasso da “guerra às drogas” nos EUA?

Aparentemente Grassley não recebeu resposta e enviou uma segunda carta aos promotores e aos advogados do caso, agora dando uma data limite de 4 de maio. Em resposta, os advogados de defesa responderam em carta ao juiz afirmando que não só não se opõem, mas que estão mais que dispostos em ajudar a que se entregue esse material por ora sob ordem de proteção. 

Charles Grassley enviou uma solicitação à DEA e ao FBI no dia seguinte ao término do julgamento contra García Luna, em 22 de fevereiro

Charles Grassley/Reprodução
Grassley é o republicano de maior apetite no Comitê Judicial, um legislador veterano e influente apesar de seu partido ser minoria no Senado

Explicam que García Luna “manteve que ele foi um sócio confiado e integral dos Estados Unidos e que foi falsamente acusado de trair essa confiança por ex-integrantes dos cartéis de droga mexicanos. Portanto, o Sr. García Luna apoia uma avaliação… da evidência à falta de evidência contra ele e não se opõe a que estes materiais sejam apresentados ao Senado dos Estados Unidos….”

Concluem dizendo que “se por alguma razão o governo não tem a vontade de apresentar a evidência desde caso ao Senado dos Estados Unidos, a defesa teria gosto em fazê-la, supondo que a ordem de proteção seja modificada pelo tribunal”.

Grassley é o republicano de maior apetite no Comitê Judicial, um legislador veterano e influente apesar de seu partido estar, por ora, em minoria no Senado. 

David Brooks e Jim Carson | La Jornada, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Jim Cason Correspondente do La Jornada e membro do Friends Committee On National Legislation nos EUA, trabalhou por mais de 30 anos pela mudança social como ativista e jornalista. Foi ainda editor sênior da AllAfrica.com, o maior distribuidor de notícias e informações sobre a África no mundo.

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