Pesquisar
Pesquisar

Cerca de 10 mil espécies da Amazônia estão em risco de extinção, aponta estudo integrado por 150 especialistas do mundo todo

Dados recentes do INPE do Brasil revelaram que o desmatamento da Amazônia brasileira registrou um pico mensal em junho, ao devorar 1.062 quilômetros quadrados
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Território dos EUA

Tradução:

Mais de 10 mil espécies, entre plantas e animais, na Amazônia estão em perigo de extinção devido à destruição desta floresta, indicou um informe de um grupo de cientistas internacionais.

Segundo os dados do Encontro Científico para a Amazônia, iniciativa apoiada e convocada pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, 35% dessa zona que abrange grande parte do Brasil e se estende até  a Colômbia, o Peru e outros países da América do Sul, já foi desmatado ou degradado.

O informe da entidade afirmou que o solo e a vegetação do Amazonas contêm cerca de 200 bilhões de toneladas de carbono, mais de cinco vezes as emissões anuais de dióxido de carbono (CO2) de todo o mundo.

Adverte ainda que a contínua destruição causada pelos humanos pôs em alto risco de extinção mais de oito mil plantas endêmicas e 2.300 animais.

Leia também:
Seca: na Amazônia, é como se 4 cidades de São Paulo estivessem derrubadas e à espera do fogo para queimar

De acordo com o comunicado, 18% da bacia amazônica foi desmatada, sobretudo para a agricultura e a extração ilegal de madeira; e outros 17% estão degradados.

“O destino da Amazônia é fundamental para a solução das crises climáticas globais”, destacou a professora da Universidade de Brasília, Mercedes Bustamante, integrante do SPA.

Dados recentes do INPE do Brasil revelaram que o desmatamento da Amazônia brasileira registrou um pico mensal em junho, ao devorar 1.062 quilômetros quadrados

Ibama
Mais de 10 mil espécies, entre plantas e animais, na Amazônia estão em perigo de extinção.

Dados recentes do sistema de observação por satélite (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil revelaram que o desmatamento da Amazônia brasileira registrou um pico mensal em junho, ao devorar 1.062 quilômetros quadrados (km²).

Segundo o INPE, nos primeiros seis meses do ano, o desmatamento na região amazônica aumentou 17%, com relação ao mesmo período do calendário anterior, com a destruição de 3.610 km².

Recentemente, o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados do Brasil, Elvino Bohn Gass, lembrou que, em pouco mais de dois anos o Governo de Jair Bolsonaro derrubou ou modificou 606 normas e diretrizes, destruindo toda a base legal para a aplicação de multas e castigo dos infratores ambientais.

Por outro lado, no último dia 7, o ministro de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Carlos Eduardo Correa, confirmou que o país perdeu 1.716, 85 km² de mata em 2020, devido ao desmatamento.

Afirmou ainda que na região amazônica ocorreu o maior desmatamento, com 1.093 quilômetros de florestas perdidos, seguida da região andina, com 2.898, o Caribe, com 1.028,96, a região do Pacífico, com 1.226,1 e a do Orenoco, com 82,42.

Saiba Mais:
Combate ao desmatamento foi enfraquecido durante presença de militares na Amazônia

O Encontro Científico para a Amazônia, iniciativa integrada por mais de 150 especialistas de todo o mundo, apresentou com este documento a avaliação mais detalhada do estado da floresta até hoje, fazendo um apelo para que seja considerado o papel fundamental da Amazônia no clima mundial, assim como os riscos que enfrenta essa região.

“Reduzir o desmatamento e a degradação das florestas a zero em menos de uma década é fundamental, além de iniciar uma restauração massiva das zonas já destruídas”, diz o texto.

* Tradução de Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na Tv Diálogos do Sul

 

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Redação Prensa Latina

LEIA tAMBÉM

RS - inundações
Chamado à solidariedade internacionalista: inundação no RS demanda mobilização
Rio-Grande-do-Sul-emergencia-climatica
Além do RS: América do Sul teve outros 3 eventos climáticos extremos apenas em 2024
Quenia-inundações
Inundações no Quênia matam 238 pessoas; governo ignorou alertas meteorológicos
Capitalismo_meio_ambiente
Capitalismo x meio ambiente: é possível construir futuro global sem visão socioambiental?