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Chomsky: "A caravana foge da miséria e dos horrores que são de responsabilidade dos EUA"

Migrantes escapam da violência e da pobreza em três países "que estão sob forte dominação dos EUA h´á muito tempo", destaca filósofo
Redación Resumen LatinoAmericano
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Os membros da caravana de migrantes da América Central que se dirigem aos Estados Unidos “estão fugindo da miséria e dos horrores” de que Washington é o principal responsável, afirma o filósofo, lingüista e ativista estadunidense Noam Chomsky.

Leia também: De imigrantes a migrantes: a dramática desumanidade do capitalismo financeiro, por Paulo Cannabrava Filho

Migrantes escapam da violência e da pobreza em três países "que estão sob forte dominação dos EUA h´á muito tempo", destaca filósofo

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uma "notável campanha de relações públicas" assusta os cidadãos estadudenses, acreditando que "estamos à beira de uma invasão

Em uma entrevista ao site Democracy Now, o intelectual ressaltou que essa caravana “de pessoas pobres e miseráveis” foge da “opressão severa, violência, terror e extrema pobreza” em Honduras, Guatemala e El Salvador, três países “que estão sob o duro domínio dos EUA por muito tempo, particularmente desde os anos 1980, “quando as guerras de terror de Ronald Reagan” devastaram particularmente El Salvador e Guatemala e, em segundo lugar, Honduras. “

Farsa incrível

Sobre Honduras, “a maior fonte de migrantes, neste momento,” Chomsky lembrou que, embora tenham sido sempre amargamente oprimidos, em 2009, tinha “um presidente moderadamente reformista”, Manuel Zelaya, que foi deposto por um golpe militar “severamente condenada em todo o hemisfério, com uma exceção notável: os EUA”.

Barack Obama recusou-se a chamá-lo de golpe “porque se tivessem, a lei teria que retirar fundos” do regime militar impunha um “terror brutal”, disse o filósofo, acrescentando que, consequentemente, Honduras tornou-se “a capital do assassinato do mundo”.

Chomsky vê como uma “farsa incrível” Trump enviar milhares de soldados para prender os “pobres, miseráveis, famílias, mães, filhos, fugindo do terror e da repressão daqueles que são responsáveis”. Além disso, ele enfatiza que “os soldados enviados para a fronteira são em número maior do que as crianças em fuga”, enquanto uma “notável campanha de relações públicas” assusta os cidadãos norte-americanos, acreditando que “estamos à beira de uma invasão”.

“Troika da tirania”

Por outro lado, o ativista também se referiu às declarações do conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, que na quinta-feira descreveu a Venezuela, Cuba e Nicarágua como “a troika da tirania”. 

De acordo com Chomsky, esta declaração evoca imediatamente o discurso do “eixo do mal” de George Bush em 2002, que “lançou as bases para a invasão do Iraque, o pior crime deste século com conseqüências terríveis”. Para o filósofo, a “troika”, assim como o “eixo do mal”, são aqueles “que simplesmente não obedecem às ordens dos Estados Unidos”.

Veja a seguir imagens da caravana:

Tradução e edição: João Baptista Pimentel Neto


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
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