Há muita gente que considera que o Comandante Ernesto Che Guevara era um homem sanguinário. Mas observem a base do seu pensamento e do que ele sugeria, especialmente aos jovens de Cuba. Por esse caminho e com esses argumentos, formou-se um país que se defende com bravura e que se apresenta com solidariedade para com todos os povos que lutam por justiça e liberdade.
Querem fazer do Che um homem sem humanidade. Mas o que querem mesmo é que o capitalismo seja eterno. Algo impossível. O imperialismo capitalista é composto de fatos históricos, por isso, tem tempo de validade.
O que deve compor o projeto dos jovens inclusive os brasileiros:
Ter honra e valorizar o fato de ser solidário com as populações. Que demonstre seus interesses em compreender e ajudar a todos os semelhantes como seres humanos.
Ser sensível às injustiças, que se mostre descontente contra algo que está sendo conduzido indevidamente. Os jovens e todos os seres humanos precisam ser inquietos, mas responsáveis por todos os acontecimentos, interferindo na condução de todas as ações, sentindo-se responsáveis por elas.
É indispensável discutir e pedir esclarecimentos ao que nos cause dúvidas.
Debater, buscar explicação para tudo. Não aceitar ideias e projetos impostos.
Fazer o enfrentamento para as formalidades desnecessárias. Não aceitar as subjugações geralmente impostas pelas pessoas que ocupam posições de destaque e de poder.
Identificando os caminhos pelos quais deve seguir a humanidade e a prática de justiça, contribuir para os avanços das realidades concretas em nosso país e no mundo.
PSDB
Não aceitar as subjugações geralmente impostas pelas pessoas que ocupam posições de destaque e de poder.
Pensar e agir como podemos para transformar a realidade que subjuga pessoas, que pratica o colonialismo, o racismo, o feminicídio, as injustiças sociais, impostas às classes sociais subalternizadas.
Por isso, temos que nos esforçar para estarmos entre as melhores cabeças, entre os melhores pensadores e entre os melhores seres, capazes de agir em todas as frentes de ação e trabalho. Sentir-se inconformado se não estiver nas posições de frente das lutas pelas transformações. E aí, lutar por melhoras nossa posição e nossas ações. Isso mesmo, devemos ser exemplos vivos de que é possível a transformação em busca da justiça e da solidariedade. Em outras palavras, a história não chegou ao fim, podemos transformá-la.
Daí, tornam-se indispensáveis os cuidados para não assimilar as concepções contra revolucionárias que se desenvolvem em cada momento da história do saber, querendo limitar e desacreditar as práticas de evolução da humanidade. Concepções que assumem posições simbólicas de se constituírem na única alternativa. A alternativa de que nada pode ser feito e que as realidades não podem ser mudadas.
Trabalhar, buscar novas adesões para esse projeto de transformação das realidades, mesmo entre aquelas pessoas que estão desgarradas, desestimuladas, devem ser buscadas para aos poucos assimilar o projeto transformador. Daí, temos que ser exemplos para todas as pessoas, aquelas que perderam as esperanças, o entusiasmo juvenil e a fé na vida, nas ações por um mundo melhor. Veja-se que há lutas continuadas pelos projetos de transformação. Que nosso exemplo sirva de estimulante para recomposição de suas energias e seus ânimos.
A luta para servirmos de exemplo tem caráter de sacrifício. Não apenas sacrifícios para lutas heroicas, mas para todos os momentos. Para ajudar aqueles que devem realizar pequenas tarefas, mas que precisam cumpri-las, aqueles que estão em dificuldades para cumprir suas tarefas, ainda que sejam de pequeno porte.
Daí, é necessário que estejamos sempre atentos à toda população humana. A exigência é de que todas as pessoas sejam essencialmente humanas, que se aproximem do que seja melhor a que se possa identificar no ser humano. E isso se consegue pelo estudo, pelo trabalho, pelas decisões, pelo exercício da solidariedade continuada com a nossa população e com todas as populações do mundo.
Sentindo-se angustiado quando se assassina uma pessoa em qualquer parte do mundo e para se sentir entusiasmado quando em qualquer lugar do mundo se levanta uma bandeira de liberdade.
Não podemos ser limitados pelas fronteiras administrativas e territoriais de nossos países. Assim é que se torna indispensável a prática do internacionalismo e sentir as injustiças e sofrimentos impostos a outrem como coisa que nos afeta, como coisa própria.
Precisamos ser exemplos, atuando coletivamente e que nossos comportamentos sejam referências para as pessoas de todos os lugares, principalmente pelas pessoas e povos que estão insatisfeitos com a opressão e lutam por suas liberdades, contra a manutenção das formas de expressão dos colonialismos e formas de exploração imperialistas, contra todas as formas de opressão do sistema injusto.
Que nossas ações reflitam como espelho para outros povos, que observem o que está acontecendo como boas iniciativas diferentes, em busca de liberdade e justiça.
Precisamos em todos os momentos, ser dignos dessas referências.
É necessário que todos sejamos e que o Brasil seja visto com a solidariedade internacionalista.
Cláudio Di Mauro, geógrafo e ex-prefeito de Rio Claro, Sp, colaborador da Diálogos do Sul
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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