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Toggle28 de julho marca o 40º aniversário da morte de Haydee Santamaría. Como se sabe, a heroína de Moncada, da Serra, do subterrâneo e do exílio também foi a fundadora da Casa de las Américas, uma instituição cultural que ela presidiu por vinte anos e para a qual definiu uma missão e um estilo de trabalho que ainda hoje orienta as atividades diárias cumpridas por seus trabalhadores.
Criada em abril de 1959, a Casa de las Américas assumiu tarefas relacionadas à divulgação das artes e literaturas do continente. Criou prêmios, publicou livros e revistas, organizou exposições, festivais e concertos, convidou criadores de renome e consagrados e conquistou, em Cuba e além de suas fronteiras, um público – leitores e espectadores – para a criação da América Latina e do Caribe.
É difícil visitar os escritórios e corredores do único edifício 3rd e G, em El Vedado, sem perceber a presença de sua fundadora. Tudo na Câmara parece evocá-la, entre outras razões, porque aqueles que a conheceram e aprenderam com ela – alguns dos quais ainda trabalham na instituição – transmitiram seu legado de geração em geração.
Precisamos nos apegar a ela e imaginar Haydee aqui, questionando, discutindo, traçando o curso. Como sempre, muito perto dos jovens, assumindo riscos, lutando, incansavelmente e com firmeza, pelas melhores causas, sempre ao lado dos mais humildes.
Casa de las Américas
Heroína de Moncada, do subterrâneo e do exílio, Haidée também foi a fundadora da Casa de las Américas
Dedicação total à Cultura
É extraordinário que, em meio à própria convulsão causada pelas múltiplas transformações lançadas pela Revolução, aquela combatente comprometida com a justiça social, envolvida em múltiplas frentes e com inúmeras tarefas, se dedicasse totalmente ao pensamento sobre as questões culturais para se comunicar com intelectuais das mais diversas origens, para imaginar a melhor maneira de alcançar o encontro um do outro.
Alguém pode pensar que havia duas mulheres em uma. De um lado, a lutadora, a guerrilheira e, do outro, a sonhadora, capaz de se mover com uma música ou uma pintura. Mas se equivocam.
Não existem duas Haydée. Há apenas uma: ao mesmo tempo forte e terna, impetuosa e sensível, sempre justa e fiel aos seus princípios, à liderança de Fidel, à memória dos mártires Abel, Boris, o Che e às ideias de Bolívar e Martí, de quem aprendeu, sendo quase menina, que pátria é humanidade.
Recordá-la hoje é um modo de propiciar que seus feitos não sejam esquecidos. Temos a responsabilidade de sustentar sua obra e contribuir para que os mais jovens conheçam suas ideias, expressadas em palestras, cartas, intervenções públicas e entrevistas (que serão muito em breve recolhidas em um volume).
Sabemos, não obstante, que a melhor homenagem será o trabalho cotidiano e o afã por seguir tecendo a partir da cultura a integração dos povos de Nossa Pátria Grande. Nossa América.
Casa de las Américas
Havana, Cuba,
Comunicação Casa de Las Américas
Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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