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Ania Ortega*
São tempos convulsos e esta é uma ideia que parece repetir-se quase que mecanicamente, de uma ou outra forma, em todas partes nos meios de comunicação de massa.
A ideia se fundamenta basicamente nas razões econômicas que provocam oscilações em todos os níveis que compõem a sociedade do planeta.
E quando determinados acontecimentos removem os alicerces de uma sociedade que sempre impacta porque irrompem, precisamente, no setor mas vulnerável: a economia.
Não obstante, em Cuba, um evento comoveu a quase todas as pessoas e o motivo não foi econômico, sim meramente afetivo. Mais que isso, tocou as fibras mais sencíveis de cada cubano, aquelas que tem a ver com a lealdade e o exemplo que não se quebra graças a cinco homens impolutos que, desde que desceram do avião e pisaram solo cubano, removeram emoções, apegos, esperanças e certezas.
Então convertemos em testemunhos de lágrimas coletivas diante do abraço de um filho com seu pai ou uma esposa que acolhe toda felicidade do mundo em um beijo, se transforma em um privilégio pouco comum nesses tempos. É que a alegria oletivo inundou ruas e casas desde os mais íntimos dos sentimentos.
Tampouco ficou rosto isento de lágrimas quando nesse cenário cinco homens cantaram, e então descubro que esta é uma história comum, hoje, aqui e agora, onde todas as geraçoes unidas recorrem simultâneas ao pranto emocionado neste tempo ávido de paradigmas por um mesmo abraço, um mesmo gesto, um mesmo canto.
*Prensa Latina, de La Habana especial para Diálogos do Sul