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ToggleNas últimas semanas, a AEPET vem publicando diversas matérias e artigos que revelam efeitos deletérios das privatizações realizadas nos últimos sete anos. São contratos com cláusulas draconianas, repasse de tecnologias avançadas e únicas, idas e vindas de altos executivos pelo efeito “porta giratória”, além do repasse da sanha pelo lucro fácil para o bolso dos consumidores.
No que concerne aos ativos vendidos pela Petrobras, nos últimos dias ao menos três situações nebulosas vieram à tona.
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Primeiro foi a revelação de que o fundo investidor canadense Forbes & Manhattan, comprador da Six (unidade processadora de xisto, localizada no Paraná), deu um calote de R$ 140 milhões na Petrobras, o que levou à paralisação das atividades.
Segundo o jornalista Leandro Demori, a compra da Six pelos canadenses teve como principal objetivo apoderar-se de uma tecnologia exclusiva desenvolvida pela Petrobras – Petrosix – única no mundo, mais eficiente e ecológica para a obtenção de óleo do xisto betuminoso.
Além disso, a compradora não tinha técnico necessário para operar a unidade e, por uma “generosidade” do contrato, subcontratou a Petrobras para manter a planta em funcionamento. Foi este serviço prestado pela Petrobras e seus funcionários vítima do calote.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Desde que assumiu a refinaria Landulpho Alves , no fim de 2021, a Acelen vem praticando os preços de combustíveis mais caros do Brasil
Acelen
Já a Acelen, empresa criada pelo fundo árabe Mubadala, que comprou a refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, Bahia, acusa Petrobras de concorrência desleal, acionando inclusive o Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade).
Desde que assumiu a refinaria, no fim de 2021, a Acelen vem praticando os preços de combustíveis mais caros do Brasil, penalizando os consumidores nordestinos que não são atendidos pelas refinarias da Petrobras.
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Em resposta à acusação da Acelen, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates disse que isso é resultado do isolamento da refinaria e que a empresa é livre para comprar petróleo da Petrobras, de outros produtores de petróleo no Brasil.
O caso da venda do Polo Potiguar para a 3R Petroleum também está envolto em negociações, no mínimo duvidosas. O início do processo de venda aconteceu quando Castello Branco era presidente da Petrobras. Embora só tenha sido concluído este ano, já na gestão Prates, a 3R Petroleum agora tem como presidente de seu Conselho de Administração o mesmo ex-presidente da Petrobras.
Mas talvez seja o contrato da venda da BR Distribuidora o mais draconiano de todos. Ali ficou firmado que os novos controladores terão direito de usar o nome Posto Petrobras (BR) por 25 anos!
Ou seja, deixando o valioso nome Petrobras à mercê de uma exposição sobre a qual ela não tem nenhum poder de ingerência.
Por fim, o caso da venda do controle acionário da Eletrobras. Embora a União ainda seja detentora da maior participação, os acionistas minoritários passaram a deter a maioria dos assentos no Conselho de Administração, ficando o governo como mero espectador.
Fica a pergunta: privatizar faz bem para quem?
Jornalismo AEPET
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