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Polônia: governos regionais revogam medida que os tornavam regiões "livres de LGBTI+"

Mudança regulatória ocorre logo após a Comissão Europeia anunciar sua intenção de vincular o desembolso de fundos de ajuda regional ao respeito pela comunidade LGBTI
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Varsóvia

Tradução:

Várias cidades polonesas substituíram regulamentações prejudiciais aos grupos LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) por outras que defendem os direitos e as liberdades fundamentais, assim como a tradição cristã neste país europeu.

Foi assim que Jacek Majchrowski, prefeito de Cracóvia, capital da província da Pequena Polônia, definiu a iniciativa apoiada por duas assembleias regionais da também sulista cidade de Swietokrzyskie.

Majchrowski descreveu como positiva a mudança adotada por sua cidade e apoiada pelas autoridades de Lublin e Podcarpacia.

Os regulamentos foram substituídos por declarações anexas à “adesão à tradição, respeito pelo trabalho, propriedade, hospitalidade cordial e respeito pela dignidade e direitos de cada ser humano”, refletem os documentos.

Mudança regulatória ocorre logo após a Comissão Europeia anunciar sua intenção de vincular o desembolso de fundos de ajuda regional ao respeito pela comunidade LGBTI

Wikimedia Commons
Bandeira lgbt

A mudança regulatória ocorre logo após a Comissão Europeia (CE) anunciar sua intenção de vincular o desembolso de fundos de ajuda regional ao respeito pela comunidade LGBTI+ neste país.

Na semana passada, o vice-presidente polonês Zbigniew Ziobro chamou essa decisão de 'terrorismo econômico” e pediu aos governos regionais “que não sucumbam à chantagem da União Europeia”.

Desde 2019, cerca de 100 municípios e governos locais poloneses aprovaram declarações que os identificaram como “zonas livres de LGBTI+”, ação criticada pela vice-presidenta da CE, Vera Jourová, durante sua visita ao país em 31 de agosto.

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A funcionária europeia advertiu que estes documentos “não respeitam os valores do mecanismo regional” e ameaçou os signatários de tal declaração com “uma perda de cerca de 2,5 mil milhões de euros em fundos de coesão”.

Enquanto isso, o porta-voz do governo polonês, Piotr Muller, garantiu dias atrás que os executivos locais e regionais “não tinham más intenções” e seu objetivo era “promover os valores da família”, garantindo ao mesmo tempo que no país “nunca houve ou nunca haverá nenhuma zona livre LGBTI+”.

Redação Prensa Latina

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