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Governo bate novo recorde: desemprego avança e já afeta 14 milhões de brasileiros

Cresceu o número de brasileiros que afirmam não adotar restrições contra a COVID-19. São 10,2 milhões de pessoas
Redação Sputnik Brasil
Sputnik Brasil
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Nesta quarta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da pesquisa Pnad COVID-19, que apontam números recordes do desemprego no Brasil e queda no isolamento social.

Conforme os dados do IBGE, o Brasil tem hoje 14 milhões de brasileiros desempregados, com a taxa de desocupação alcançando 14,2% da população – a maior desde maio na pesquisa Pnad COVID-19, que mensura os efeitos da pandemia no país.

Na comparação entre os números de maio e novembro houve um acréscimo de quatro milhões de desempregados no Brasil, o que representa um aumento de cerca de 40%. A taxa de novembro é recorde, apesar de ter avançado pouco em relação ao mês anterior, quando a desocupação registrada foi de 14,1%.

O IBGE também aponta que houve queda no isolamento social no Brasil, sendo que em novembro 23,5 milhões de brasileiros estariam sob isolamento social rigoroso. No mês anterior a taxa era de 26,2 milhões. Em maio, os números alcançavam 49,2 milhões de brasileiros.

A Pnad COVID revela também que 28,6 milhões de brasileiros realizaram algum tipo de teste de detecção da COVID-19 até novembro, sendo que 6,5 milhões de pessoas tiveram resultados positivos para a doença – 22,7% do total.

Cresceu o número de brasileiros que afirmam não adotar restrições contra a COVID-19. São 10,2 milhões de pessoas

Roberto Parizotti/FotosPublicas
Desemprego bate novos recordes no país

Além disso, o IBGE mostra que cresceu o número de brasileiros que afirmam não adotar restrições contra a COVID-19. São 10,2 milhões de pessoas, mais que o dobro da taxa observada em maio, quando 4,1 milhões de brasileiros disseram não adotar restrições na pandemia.

Os dados do IBGE mostram ainda que houve aumento, pela primeira vez, da população ocupada, chegando a 84,7 milhões em novembro. No início da pandemia eram 84,4 milhões. Além disso, a força de trabalho subiu 4,4% em relação a maio.

Segundo dados desta quarta-feira (23) do Ministério da Economia, durante novembro o país teve um acréscimo de 414,556 mil empregos de carteira assinada, o melhor resultado para o mês desde 1992, quando teve início a série histórica. A estatística é resultado da diferença entre contratações e demissões no país, sendo que foram 1.532.189 contratações no mês, contra 1.117.633 demissões. Novembro foi o quinto mês consecutivo de alta nos empregos formais. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A metodologia do Caged é diferente da utilizada pelo IBGE

Os números da Pnad COVID-19, por sua vez, são obtidos através de metodologia que difere da tradicional Pnad Contínua, por isso os dados não podem ser comparados. No caso, as duas pesquisas são realizadas pelo IBGE.

Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, o Brasil acumula 7.318.821 casos de COVID-19 e 188.259 mortes causadas pela doença. Em números absolutos de óbitos na pandemia, o Brasil só está atrás dos Estados Unidos, que têm 322.851 mortos por COVID-19.

As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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