Como afirma o jurista e professor Alysson Mascaro, “O CAPITALISMO É A CRISE”.
Nestes momentos estão em abordagem mundial as crises ocasionadas pela quebra de bancos regionais nos Estados Unidos. Mas afinal, como esses fatos repercutirão na economia mundial? Como essas quebras afetaram especialmente as menores economias mundiais?
Em seguida, agora, aparece o risco de quebra de banco na Suíça. Outro acontecimento que repercute nas preocupações do empresariado, e em governantes.
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Sempre o sistema mundial da economia se mobiliza para assegurar bons resultados e consequências que afetem favoravelmente as maiores economias. Os pequenos que se “lixem”. Óbvio, a medida que isso não interfira de maneira negativa e abrupta no processo hegemônico.
Em situações como essas, “quebra” de bancos, sempre aparecem preocupações sobre: como esses acontecimentos externos afetarão às políticas de desenvolvimento no Brasil. Não há como deixar de lembrar do período difícil vivido pelas economias do mundo durante o ano de 2008 e que também afetou a economia brasileira.
Quais são as providências que devem ser tomadas no Brasil para que os acontecimentos externos não sejam “quebra em dominó”, afetando drasticamente também a nossa economia? Até o presente momento não há indicador de que outros bancos estadunidenses terão problemas de quebra. O sistema central nos Estados Unidos tem adotado providências protetivas para sustentar sua saúde financeira. Mas de todas as maneiras, a fragilidade do sistema já está apontada.
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As fragilidades na economia fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos, devem interferir nas decisões do Banco Central brasileiro. Para o ministro Fernando Haddad, as informações existentes até agora são insuficientes para saber se haverá processos de quebradeira ampliada. É preciso acompanhar com atenção a realidade concreta para que as autoridades monetárias brasileiras definam as providências que devem ser tomadas.
A realidade no Brasil praticada pelo Banco Central tem sido muito duramente criticada pelo Presidente Lula, especialmente abordando a situação das taxas de juros elevadas e a meta de inflação. A taxa bruta de juros praticada no Brasil está muito elevada e definida no patamar de 13,75%. O Banco Central, que é responsável por adequar a taxa de juros, certamente terá que analisar a situação para adotar as medidas cabíveis, corrigindo e reduzindo tais percentuais. Também a meta inflacionária da economia brasileira, segundo Lula, está irreal. Isso indica a necessidade de rever tais percentuais.
O certo é que crise após crise, em tamanhos variados, o sistema vai se reproduzindo e garantindo a concentração financeira nas mãos dos grupos já estruturados. E, os Estados como já foram definidos por Marx, são como comitês para resolução dos conflitos de interesse em favor da burguesia. Significa que, nessas condições, concordando com Marx, há pouco para se esperar que os Estados constituídos resolvam as crises em favor dos povos subalternizados. O capitalismo é a crise, se renovando com objetivo de atender os interesses da classe social para a qual deve proteção.
É tempo de um Brasil cumprindo e pagando sua imensa e astronômica dívida social
Lula, Haddad e seus companheiros sabem disso, com certeza. Sabem, portanto, que não podem esperar soluções favoráveis vindas dos Estados. Nada virá de “mão beijada”. Daí, deve-se esperar que os economistas afetos à Avenida Faria Lima e à Avenida Paulista apresentarão soluções para atender os interesses de seus “patrões”. Mas não foi esse o compromisso assumido por Lula que garantiu sua eleição. Assim é que aos governantes do Brasil é preciso coragem e determinação para buscar alternativas que atendam nossas demandas indispensáveis. Recuperar os reajustes do salário mínimo acima da inflação; recuperar os direitos trabalhistas que foram vilipendiados desde o golpe de 2016 são tarefas que precisam ser cumpridas. A reimplantação em moldes mais adequados do Minha Casa Minha Vida; redução no preço dos combustíveis que é um dos caminhos para baixar os preços dos alimentos transportados. Enfim, é tempo e hora de atender as demandas sociais.
Agora está colocada a hora em que a economia não pode ser feita pelo economês que só atende os interesses da burguesia, dos setores patronais. Será indispensável a prática da economia com intenção de reduzir as desigualdades de todos os tipos, trabalhar pela equidade social, recuperar as perdas já impostas aos setores subalternizados. É tempo de um Brasil cumprindo e pagando sua imensa e astronômica dívida social.
Cláudio di Mauro | Geógrafo e colaborador da Diálogos do Sul.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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