Pesquisar
Pesquisar

Eleição comprada: gastos de Bolsonaro somam R$ 5 bilhões e configuram estelionato eleitoral

Governo já gastou R$ 5 bilhões, sobretudo, com população de baixa renda, mulheres e nordestinos para tentar virar vantagem de Lula
Julinho Bittencourt
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

A hashtag “Eleição Comprada” foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta quinta-feira (20). É não é pra menos. Um enorme pacote de bondades foi adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na reta final das eleições com o objetivo de se reeleger.

Os gastos já ultrapassam a casa dos R$ 5 bilhões. Contudo isso, no entanto, o presidente conseguiu até agora crescer apenas um ponto na média das pesquisas, sem tirar nada de seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações são praticamente todas voltadas para a população de baixa renda, mulheres e nordestinos, perfis considerados pela campanha de Bolsonaro como primordiais para uma vitória em segundo turno.

O editor da Fórum, Renato Rovai, publicou tuíte em que pede que o eleitor siga o dinheiro. “Follow the money ou em tradução livre, siga o dindim. É isso que explica a diminuição paulatina da vantagem de Lula e Bolsonaro. O TSE tem que focar nesta compra de votos e estelionato eleitoral. As fakes news são apenas distração”, diz ele.

Uma fala de Gerson Camarotti, comentarista da GloboNews, sobre o assunto, também correu nas redes. De acordo com ele, o pacote de bondades seria caracterizado em qualquer outra situação como compra de votos. “É uma máquina que a gente nunca viu antes. Por muito menos, mas muito menos, por um décimo disso, prefeitos e governadores tiveram mandatos cassados”, afirma. Veja abaixo:

03/10 – Antecipação do Auxílio Brasil e Vale gás
05/10 – Inclusão de 500 mil famílias no Auxílio Brasil
06/10 – Programa de refinanciamento de dívidas
07/10 – Antecipação do auxílio para taxistas e caminhoneiros
11/10 – Caixa inicia consignado com Auxílio Brasil
14/10 – Prorrogação do prazo para CadÚnico
18/10 – Aprovado crédito com FGTS futuro


13º para mulheres

Além disso, Bolsonaro ainda anunciou o pagamento de um 13º salário para mulheres que recebem o Auxílio Brasil. Se confirmado, o depósito, no entanto, só deve ser feito em 2023. A proposta orçamentária do governo para o ano que vem não prevê o pagamento do benefício.


PF e PRF

No último mês, o presidente Jair Bolsonaro usou uma brecha na legislação para nomear 561 aprovados no último concurso da Polícia Federal.

Pela lei eleitoral, são proibidas nomeações de servidores públicos neste ano nas esferas federal e estadual nos três meses que antecedem o primeiro turno até a posse dos eleitos, ou seja, de 2 de julho a 1º de janeiro de 2021.

Uma exceção, porém, permitiu a medida de Bolsonaro. Ela prevê que caso a nomeação seja “necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais”, poderá ser realizada.

Com informações do Metrópoles e da CNN Brasil

Julinho Bittencourt | Revista Fórum


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul


Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Julinho Bittencourt

LEIA tAMBÉM

1fe87bc8-369d-4b78-beb4-3c0e60d7b520
Qual o preço da aprovação do furo do teto dos gastos? Saiu barato para o centrão!
60c4bd06-ab9f-4bd3-8926-d6d97b0e6289
Por mentir descaradamente durante eleições, Jovem Pan perde monetização no YouTube
a1478090-ccd2-4be6-a65e-9208a13c3341
Com derrota à crueldade fascista, RS dá fôlego à esquerda e retoma diálogo democrático
d3908a35-5d39-49e0-8e1b-a5eb2078d981
Fascistas nas ruas, serviço público precário e prefeito negligente: Porto Alegre volta a 1964