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Em congresso histórico, Partido Comunista Colombiano reafirma nova era latino-americana

Agora, "PCCol faz parte de um governo democrático e popular", afirma o líder da sigla, Jaime Caycedo
Odalys Troya
Prensa Latina
Bogotá

Tradução:

O Partido Comunista Colombiano (PCCol) concluiu seu XXIII Congresso Nacional com o compromisso de continuar lutando por um país mais democrático e com justiça social.

Depois de três dias de debates, análises e propostas para avançar no cumprimento deste objetivo, os delegados aprovaram os Estatutos e também elegeram o novo Comitê Central desta coletividade.

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Em entrevista ao Prensa Latina, o secretário geral desta força política, Jaime Caycedo, qualificou o Congresso como produtivo, libertário, entusiasta e reflexivo sobre os grandes temas do país e da sociedade.

“Sobretudo porque estamos em um novo momento da vida política e social e porque o PCCol faz parte de um governo democrático, popular, que nasce de uma coalizão que tem um programa e está fazendo grandes esforços para realizar um conjunto de reformas substanciais na vida da sociedade e do povo colombiano”, explicou.

Ele destacou a mudança na política exterior do novo mandato, como por exemplo o reconhecimento e restabelecimento das relações com a Venezuela.

Além disso, o apoio a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas onde votou contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro e também sua rejeição à injusta inclusão desta ilha na arbitrária lista confeccionada pelos Estados Unidos de países patrocinadores do terrorismo, acrescentou.

Agora, "PCCol faz parte de um governo democrático e popular", afirma o líder da sigla, Jaime Caycedo

Reprodução/Twitter
PCCol se fortaleceu nos últimos anos, não numericamente, mas porque tem se baseado nas mudanças reais que estão ocorrendo na Colômbia




Paz para a América Latina

Caycedo destacou a posição em geral do governo encabeçado por Gustavo Petro e Francia Márquez, em relação à política de paz na América Latina e no mundo e em particular sua posição em busca da Paz Total na Colômbia por meio de uma solução política e do diálogo, elementos fundamentais para poder derrotar todos os fatores que continuam incidindo na insegurança.

“Cremos que o presidente Petro expôs com clareza uma posição sobre o fracasso da luta contra as drogas, assim como a política de utilizar esta guerra no quadro de ações de contra insurgência”, enfatizou.

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Outro dos temas em que o governo do Pacto Histórico, coalizão da qual o PCCol faz parte, é a defesa do meio ambiente, a proteção da Amazônia, e a busca de ações para bloquear a mudança climática, sublinhou.

“Este XXIII Congresso explicitou a vontade unitária do PCCol de trabalhar juntamente com a União Patriótica e com outros setores da esquerda no marco do Pacto Histórico para ir formando uma frente de luta de um bloco popular alternativo”, explicou.

Além disso, há a ideia de continuar avançando na perspectiva de uma frente ampla especialmente com o importante compromisso para as eleições locais de 2023, acrescentou.


Contra a extrema-direita e o fascismo

Caycedo reiterou que sabem que estão em uma batalha com a extrema direita e com o fascismo, que não são exatamente idênticos, mas é grave – disse – que estejam tratando de recuperar capacidade de presença e de decisões.

“É uma luta que está começando; teremos, seguramente, confrontos muito duros no próximo ano, quando avancem as reformas agrária, trabalhista, sanitária, das aposentadorias, que mexem com o grande capital e com as formas ilegais de acumular dinheiro”, disse Caycedo a Prensa Latina.

Essas mudanças, afirmou o líder político, beneficiarão a imensa maioria do povo colombiano que sofreu muito em todos esses anos de guerra.

Assegurou que o PCCol se fortaleceu nos últimos anos, não tanto pelo crescimento numérico, e sim porque sua política está se baseando nas mudanças reais que estão ocorrendo na Colômbia, na base da unidade.

Odalys Troya | Correspondente do Prensa Latina em Bogotá, Colômbia.
Tradução: Ana Corbisier.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul 

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