Pesquisar
Pesquisar

Estados Unidos celebram o fim de um pesadelo; Biden clama por união e cura do país

O ex-presidente dos EUA informou em suas redes que a partir desta segunda-feira sua equipe está disputando o resultado nos tribunais
David Brooks
Diálogos do Sul Global
Nova York

Tradução:

Joseph Biden será o próximo presidente dos Estados Unidos, mas a notícia mais importante, e que a maioria festejava, é que Donald Trump foi derrotado. 

Trump se recusou a reconhecer os resultados, por ora. De fato, emitiu um tuíte declarando: “Ganhamos grande”. Agregou que “o fato é que essa eleição está muito longe de acabar” e informou que a partir de segunda-feira (9) sua equipe está disputando a contenda nos tribunais. 

Depois de quatro anos do que uma ampla gama considerava como “o presidente mais perigoso da história” dos Estados Unidos, caracterizado pela perseguição de imigrantes, inclusive colocando crianças em jaulas, o endosso aberto a grupos de supremacistas brancos e neonazistas, do desmantelamento de normas ambientais, da deterioração dos diretos civis e do manejo irresponsável da pandemia, Trump se converte no primeiro presidente desde 1992 em fracassar em sua intenção de reeleger-se. 

O ex-presidente dos EUA informou em suas redes que a partir desta segunda-feira sua equipe está disputando o resultado nos tribunais

Reprodução: Twitter
Trump se recusou a reconhecer os resultados mas todos os orgãos competentes já apontam que não houve fraude no processo

Biden foi eleito como o 46º presidente dos Estados Unidos com uma mensagem de restaurar a unidade e a “normalidade” política e enfrentar as crises de saúde pública e econômica, como também abordar o tema da justiça racial e da mudança climática. “É hora para que o país se una e se cure”, disse esta manhã. 

A eleição é histórica ao triunfar também a senadora Kamala Harris, que será a primeira mulher a ocupar a vice-presidência.


A eleição foi um referendo sobre o mandato de Trump e marca um repúdio às suas políticas, e seu mal manejo da pandemia provavelmente foi o maior fator com o seu país em primeiro lugar em contágios e mortes.  

Biden, que completará 78 anos este mês, será o presidente de mais idade ao iniciar seu mandato. Também será só o segundo presidente católico, depois d John F. Kennedy.

A notícia provocou festejos espontâneos em várias cidades, com festas e bailes substituindo os protesto nas ruas (entre forças anti-Trump, óbvio). Em Nova York, foram abertas janelas com gritos de triunfo e seguramente de alívio coletivo e panelaços ao circular a notícia,. Enquanto se escutavam buzinas, as redes se encheram de mensagens celebrando “o fim do pesadelo”.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Veja também

   

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo
jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista
Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os
nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção
jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

LEIA tAMBÉM

Rússia - Atual relação com EUA é a pior possível, veremos o que muda com Trump
Rússia: Atual relação com EUA é a pior possível, veremos o que muda com Trump
Trump, o “salvador”
Trump, o “salvador”?
“Insurgente” - Trump fantasia campanha eleitoral fascista de movimento popular
“Insurgente”: Trump transforma campanha eleitoral fascista em movimento popular
Trump arrasaria EUA com deportações em massa; indocumentados geram US$ 1,3 tri ao PIB
Trump arrasaria EUA com deportações em massa; indocumentados geram US$ 1,3 tri ao PIB