Pesquisar
Pesquisar

Estudantes lançam manifesto contra a candidatura de Witzel ao Governo do Rio

Wilson Witzel foi Professor Substituto da Faculdade de Direito da UERJ, oportunidade em que mostrou despreparo e descompromisso acadêmico
Redação Diálogos do Sul

Tradução:

Wilson Witzel foi Professor Substituto da Faculdade de Direito da UERJ, oportunidade em que mostrou despreparo e descompromisso acadêmico. Em suas aulas de Teoria Geral do Processo, no ano letivo de 2014, Wilson não dominava os principais institutos de Processo Civil, era frequentemente corrigido pelos alunos e faltou inclusive no dia de aplicação da prova escrita.

A imprestabilidade de suas aulas foi tamanha, que os alunos da Turma 2012.1 T/N se mobilizaram e conseguiram que outro professor fosse designado para ministrar aulas de Teoria Geral do Processo II e Direito Processual Civil – tendo o novo docente que revisitar todo o conteúdo que deveria ter sido aprendido na cadeira ministrada por Witzel antes de começar a tratar do programa de sua disciplina.

Wilson Witzel foi Professor Substituto da Faculdade de Direito da UERJ, oportunidade em que mostrou despreparo e descompromisso acadêmico

Polícia Cidadã / Reprodução do Youtube
Wilson Witzel foi Professor Substituto da Faculdade de Direito da UERJ, oportunidade em que mostrou despreparo e descompromisso acadêmico

Ao contrário da narrativa defendida pelo candidato, inclusive em debate televisivo, Wilson Witzel foi um professor medíocre e tem uma vida acadêmica totalmente inexpressiva – conta com apenas um artigo publicado em revistas jurídicas, segundo o seu Currículo Lattes.

As deficiências técnicas e a falta de comprometimento com o magistério não são, contudo, a principal razão que nos move a assinar este manifesto. Como advogados e estudantes de Direito, juramos solenemente “defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos e a justiça social”. Nesse sentido, alertamos à sociedade que a candidatura do ex-magistrado está profundamente associada a duas graves ameaças que se confundem e se retroalimentam. De um lado, o fascismo sem pudor, sem humanidade, sem compromisso democrático, que a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro personifica e representa. Do outro, o obscurantismo fundamentalista, conservador e sem escrúpulos, que o Pastor Everaldo, Presidente Nacional do Partido de Witzel, Partido Social Cristão (PSC), bem ilustra.

A UERJ é um centro de excelência acadêmica, mas também um polo de diversidade e de democracia, tendo sido a primeira Universidade a implementar políticas de cotas no país. A eleição de Wilson Witzel, no plano estadual, e de Jair Bolsonaro, no plano federal, significariam a coração do autoritarismo sem razão, a negação da Democracia, a ameaça à vida e ao modo de vida de alunos e professores e o extermínio dos valores que nos unem, acima das naturais e bem-vindas diferenças políticas que nos dividem.

Nenhum voto a Wilson Witzel!

Witzel discursou no ato em que placa destruída de Marielle foi exibida


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

LEIA tAMBÉM

Macron1
Temendo Le Pen, esquerda salva Macron e recupera o “neoliberalismo cor-de-rosa”
Maria-Corina_Machado-Venezuela
Desarticulação, golpismo, ataques ao chavismo: 10 erros-chave de Corina Machado na Venezuela
Eleições-Irã (1)
Mais de 61 milhões de iranianos vão às urnas nesta sexta (28); veja o que pensam os candidatos
emmanuel-macron-olaf-scholz (2)
Apoio inconsequente de Macron e Sholz à Ucrânia alimentou extrema-direita na UE