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EUA falham há 60 anos em seus planos para derrubar a Revolução Cubana. Vão falhar novamente

Quantos países poderiam ter resistido a um bloqueio de 20 mil dias? Quantos anos, ou meses, teria resistido um povo como o nosso uma ação genocida como a que aplica a Casa Branca contra Cuba?
Gustavo Espinoza M.
Diálogos do Sul Global
Lima

Tradução:

O que vem acontecendo em Cuba não é, absolutamente, um fato casual. Expressa o desespero do Império e dos grupos contrarrevolucionários que operam na ilha e fora dela, diante das contundentes derrotas sofridas por eles nas últimas semanas. 

A votação das Nações Unidos condenando o bloqueio que os Estados Unidos mantêm contra Cuba, a decisão da Organização Mundial da Saúde que coloca as vacinas cubanas contra a Covid entre as cinco mais eficazes produzidas na luta contra a pandemia, e os avanços conseguidos por Cuba em cada uma das esferas do progresso, apesar dos imensos prejuízos ocasionados pelo bloqueio, são golpes que o império não está disposto a aceitar. 

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Não é a primeira vez que urdem ações desse tipo. Fizeram isso desde o início da Revolução quando falaram do chamado “levante do Escambray”, bandos armados pelos Estados Unidos que idealizaram uma suja campanha contra Fidel e seus companheiros. E seguiram com isso revivendo temas cada vez que lhes foi possível. Sempre fracassaram. 

Em 1994, nos anos mais duros do “período especial”, e quando o bloqueio ianque se fez sentir com força pelo isolamento sofrido por Cuba, viveu-se uma circunstância parecida, que foi apagada pela participação pessoal de Fidel nas ruas de Havana. 

Para agir, os inimigos da Revolução se valem de dificuldades reais. Mas elas não são consequência da política das autoridades cubanas, nem culpa de seu povo. 

Constituem um reflexo do bloqueio ignominioso que Washington mantém sobre Cuba, um pequeno país que não pode importar produtos, nem os vender; que não pode receber navios em seus portos; que não tem fluxo turístico; que no contexto da crise pandêmica não pode adquirir medicamentos, nem seringas para vacinar seus habitantes com as vacinas que a própria ciência cubana criou.

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Quantos países poderiam ter resistido a um bloqueio desses? Quantos anos, ou meses, teria resistido um povo como o nosso uma ação genocida como a que aplica a Casa Branca contra Cuba?

Quantos países poderiam ter resistido a um bloqueio de 20 mil dias? Quantos anos, ou meses, teria resistido um povo como o nosso uma ação genocida como a que aplica a Casa Branca contra Cuba?

Fotos Públicas
O heroísmo e o sacrifício de Cuba e de seu povo não pode ser motivo de escárnio

60 anos de bloqueio

Na história humana, desde a origem das espécies até nossos dias, em todos os extremos do planeta, que experiência existe de um país que tenha sido bloqueado por outro maior e poderoso durante mais de sessenta anos? 

Nem na mitologia se registra algum caso. Porém, Cuba vem resistindo e resistirá, porque seu povo é sacrificado e heroico. 

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Um dos cercos mais abjetos e repudiáveis que a humanidade conhece foi o cerco a Leningrado, executado pela Alemanha nazista contra a Rússia soviética nos anos da II Guerra Mundial. Mesmo esse durou cerca de 900 dias: mas o bloqueio de Cuba ultrapassa os 20.000 dias! 

O heroísmo e o sacrifício de Cuba e de seu povo não pode ser motivo de escárnio, como pretende a grande imprensa no Peru, que publicou na primeira página de alguns diários fotos dos ativistas revolucionários cubanos com sua bandeira, apresentando-os como se fossem os “manifestantes” que agiram em apenas três pontos do país.

Ou como fizeram em outros países: inserir fotos de distúrbios acontecidos no Egito há vários anos, pretendendo que fossem “tomadas exclusivas” dos acontecimentos “ocorridos” nas ruas de Havana. 

Em nossa pátria há muito mais de três conflitos pendentes, mas eles não merecem a “primeira página” da imprensa reacionária que hoje se mostra jubilosa pelos desafios enfrentados pela Revolução Cubana, e dos quais sairá coesa e fortalecida. 

Sem surpresas

Não deveria surpreender ninguém, em nosso país, que essa imprensa envilecida nos fale agora de “dezenas de mortos” e de “cruel repressão” para se referir às vivências em Cuba.

Quando houve o ataque de Playa Girón, os diários limenhos deram Fidel Castro por “derrubado” e inventaram o mito de Raúl e Che “suicidados” diante do suposto “fracasso” de sua experiência revolucionária. 

A atitude do povo de Cuba é clara e definida. É a hora de lutar para defender as conquistas de um processo sem igual em nosso continente. É a hora de enfrentar a injusta política do Império. E é hora também de esmagar a ação sediciosa interna que busca uma agressão militar estrangeira contra sua pátria. 

O que acontece hoje em Cuba não é estranho ao que sucede em nosso continente. O anticomunismo é a carta desesperada dos opressores. E serve para assassinar o presidente do Haiti, manter no poder a Ivan Duque, proteger Bolsonaro, derrubar Evo Morales, caluniar a Nicarágua Sandinista, atacar aleivosamente a Venezuela Bolivariana, e difamar Pedro Castillo, no Peru, no perverso jogo de Keiko Fujimori. 

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Mas é hora de que todos saibam que Cuba e seu povo não estão lutando sozinhos. No mundo, milhões de pessoas estão prontas para agir em todos os terrenos para defendê-la, como a maneira mais concreta de preservar a sacrificada, porém heroica mensagem de futuro encarnada pelo vitorioso gesto do Moncada. 

Gustavo Espinoza M., Colaborador de Diálogos do Sul, de Lima, Peru.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Gustavo Espinoza M. Jornalista e colaborador da Diálogos de Sul em Lima, Peru, é diretor da edição peruana da Resumen Latinoamericano e professor universitário de língua e literatura. Em sua trajetória de lutas, foi líder da Federação de Estudantes do Peru e da Confederação Geral do Trabalho do Peru. Escreveu “Mariátegui y nuestro tiempo” e “Memorias de un comunista peruano”, entre outras obras. Acompanhou e militou contra o golpe de Estado no Chile e a ditadura de Pinochet.

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