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Fomos hackeados: Siga o novo canal da Diálogos do Sul e nos ajude a combater o caos

Atualmente com mais de 400 vídeos, o canal foi criado em junho de 2013 e acumulava um total de 73.000 visualizações e cerca de 3.260 inscritos
Redação Diálogos do Sul
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Fomos hackeados.

Infelizmente, viemos aqui para avisá-los e repudiar veementemente a invasão que a TV Diálogos do Sul sofreu na noite do último domingo (8) em nosso canal no YouTube.

Atualmente com mais de 400 vídeos, o canal foi criado em junho de 2013 e acumulava um total de 73 mil visualizações e pouco mais de 3.260 inscritos.

Pensamos que havíamos conseguido contornar a situação e impedir o roubo do canal, mas na terça-feira (10), pela manhã, sofremos um novo ataque onde vídeos de suma importância para nós e para a história da Revista Diálogos do Sul foram apagados de forma criminosa.

Nossa editora Vanessa Martina, responsável pela direção do canal, entrou em contato com o suporte do Google e YouTube e está tomando todas as medidas necessárias para a recuperação do canal. 

Não passarão

Diante da gravidade do ocorrido e do silêncio dos responsáveis, no caso, o Google, criamos uma nova conta, desta vez com mais camadas de segurança, e estamos publicando novamente os vídeos, entrevistas e bate-papos que conseguimos resgatar antes de serem excluídos como os outros foram.

“Consegui perceber o hackeamento porque dois dos nossos vídeos mais vistos haviam desaparecido. Então, diante desta surpresa, era muito razoável trocar todas as senhas e foi o que eu fiz, mas esse procedimento não foi suficiente”, explica a jornalista.

Insegurança digital

Martina conta que o procedimento para a recuperação de um canal é “muito complicado”, porque o Google não oferece nenhum suporte para os criadores de conteúdo a não ser a requisição de um procedimento via formulário. “Até o momento não tivemos qualquer resposta”, diz.

“Já para recuperar a senha do Google é praticamente impossível, porque, curiosamente, para preencher o formulário eu preciso ter acesso a conta Google perdida. É alucinante”, pontua com indignação.

Em nome de toda a equipe, a jornalista explica que a maior preocupação é em relação aos conteúdos que estão sendo deletados, o que a leva a acreditar que não é um hackeamento comum. 

“Tivemos que tomar uma atitude de colocar toda a equipe para fazer os downloads de todos os vídeos do canal, porque ele não foi tirado do ar ainda. Nem isso o YouTube fez. Então conseguimos baixar uma boa parte desses conteúdos, uma outra parte provavelmente será perdida, porque não tem como recuperar os vídeos apagados, são muitos anos de canal”, lamenta.

Martina explica que o caso da Diálogos do Sul evidencia muito a questão da falha digital, além da falta de suporte que tem sido “estarrecedora” por parte do YouTube

“Vale destacar também que, embora nós estejamos produzindo conteúdo para eles, eles não nos dão nenhum retorno, então ficamos absolutamente reféns da plataforma”, conta.

“É muito importante que as pessoas tenham essa ciência de que todos os nossos dados estão na mão de grandes corporações, de grandes empresas de tecnologia, que não têm compromisso com o indivíduo, com os criadores de conteúdo”, denuncia a editora. 

Com a experiência que a Diálogos do Sul está tendo com o hackeamento, fica claro que o que for perdido, o que for hackeado, as empresas provavelmente não terão qualquer critério para devolver ou ir atrás desses malfeitores. 

“É uma situação completa de vulnerabilidade! Estamos colocando todas as nossas informações dentro de um armário com uma chave, que fica em poder de terceiros e, quando a gente menos espera, tudo aquilo que era nosso foi roubado e a gente sequer tem para quem reclamar. É isso o que está acontecendo com a Diálogos do Sul.”

Como ajudar?

Você que nos lê pode nos ajudar se inscrevendo e divulgando o nosso novo canal para fazer com que nossa voz, que aparentemente tanto tem incomodado, chegue a mais pessoas que, assim como nós, apoiam o pensamento crítico.

Veja alguns de nossos vídeos

   

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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