Ao Dialogando com Paulo Cannabrava Mário Fonseca analisa a crise do bolsonarismo e os desafios da justiça brasileira em conter novas tentativas de golpe
“Os golpistas estão desesperados, mas a justiça precisa agir rápido”, afirma Mario Fonseca, membro da Associação dos Advogados pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC) e da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM).
O jurista foi o convidado do Dialogando com Paulo Cannabrava desta quinta-feira (20) e falou sobre a tensão que envolve as investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, os desafios do sistema judiciário para garantir punições aos responsáveis e a tentativa de fuga de figuras centrais do bolsonarismo.
“Eles contavam com adesão popular e apoio das Forças Armadas, mas ficaram isolados. Agora, tentam escapar da justiça”, afirma, ressaltando que a baixa adesão aos protestos bolsonaristas em 16 de março e a fuga de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos são sinais de que o movimento golpista está em colapso. A tentativa de golpe, relembra, foi gravada em vídeos e lives, o que torna as provas contra os envolvidos ainda mais contundentes.
Neste sentido, o advogado alerta que as lideranças bolsonaristas agora apostam em manobras no Congresso para tentar anistiar os envolvidos: “Querem transformar criminosos em vítimas e aprovar projetos que garantam impunidade. Mas a justiça precisa agir com rigor para impedir que o Brasil reviva a impunidade de outros golpes“, enfatiza.
Fonseca critica ainda a hipocrisia dos bolsonaristas que fugiram do país: “Esses que vestiam verde e amarelo e gritavam ‘patriotismo’ agora pedem asilo político no exterior e tentam fugir das consequências”, observa.
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Esse enfraquecimento do movimento no discurso bolsonarista, porém, não significa que o perigo passou: “A extrema-direita ainda é uma força no Congresso e tenta se reorganizar. O combate ao golpismo precisa ser permanente”, alerta o especialista.
O advogado conclui reforçando a necessidade de uma mobilização popular para garantir que os responsáveis sejam punidos: “A democracia só será consolidada se o Estado enviar uma mensagem clara de que golpes não serão tolerados. A justiça tem que agir rápido para impedir novas ameaças”.
Confira a entrevista completa no canal da TV Diálogos do Sul Global, no YouTube: