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Governo do Chile enquadra organizações de povos mapuche como terroristas

Projeto de resolução foi adotado após Câmara analisar afirmações de Héctor Llaitul, líder de comitê mapuche, sobre organizar resistência armada
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A Câmara de Deputados do Chile aprovou, nesta terça-feira (31), um projeto de resolução que declara a Coordenadoria Arauco Malleco (CAM) e outras organizações mapuche como associações ilegais e terroristas.

Junto ao CAM, também foram inclusas na categoria de associações ilícitas de caráter terrorista os agrupamentos Resistência Mapuche Malleco, Resistência Mapuche Lafkenche e Weichan Auja Mapu.

O projeto de resolução foi adotado após o plenário analisar afirmações do líder da CAM, Héctor Llaitul, sobre organizar uma resistência armada na denominada Macrozona Sul do país, diante da declaração de estado de exceção por parte do governo.

A Câmara baixa pediu que o presidente chileno Gabriel Boric processe criminalmente os grupos mencionados, em conformidade às disposições da Lei 18.314, sobre comportamentos terroristas.

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Também foi solicitado ao mandatário que instrua o gabinete antiterrorismo do Departamento de Estado dos EUA e o Conselho da União Europeia para declarar a Coordenadoria Arauco Malleco, seu braço armado Órgãos de Resistência Territorial e a Weichán Auka Mapu como organizações terroristas.

Na sessão legislativa, participaram como representantes do poder Executivo as ministras Izkia Siches, do Interior, e Maya Fernández, da Defesa, que falaram sobre as ações que o Estado tem tomado para normalizar a situação no Sul do país.

“O governo e esta ministra estamos profundamente empenhados em encontrar soluções aprofundadas para os problemas das pessoas que vivem neste território, mas não nos limitaremos a atacar apenas os sintomas, uma vez que nosso compromisso solicita que enfrentemos as raízes dos mesmos”, disse Siches.

Projeto de resolução foi adotado após Câmara analisar afirmações de Héctor Llaitul, líder de comitê mapuche, sobre organizar resistência armada

Foto: Sergio Sebastian – Flickr
Câmara pediu ao presidente, Gabriel Boric, que instrua os EUA e a União Europeia a também declararam as organizações como terroristas

Ela acrescentou que isso “requer, sem dúvida, a unidade de todas as forças políticas representadas neste Parlamento (…) Abordar este conflito requer políticas do Estado, mas também não há atalhos. Não há soluções fáceis ou rápidas a não ser entrar em acordo sobre uma estratégia e um plano”.

Redação Telesur
Tradução de Guilherme Ribeiro

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