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O Estado de Israel prendeu nove membros da família de Ahed Tamimi, habitantes da aldeia de Nabi Saleh, no território ocupado da Cisjordânia. Ahed Tamini, adolescente palestina de 17 anos, encontra-se detida há dois meses por ter esbofeteado um soldado israelense durante uma ação repressiva em sua aldeia. A família da jovem tem um histórico de ativismo contra a ocupação israelense.
Por Esquerda.net
“Face ao aumento dos distúrbios e ataques terroristas na aldeia, as Forças de Defesa de Israel, o Shin Bet, a polícia de fronteiras e a polícia israelense conduziram uma operação em Nabi Saleh, onde detiveram nove palestinos”, afirmou um porta-voz do Exército israelense, segundo o jornal El Diario.
Porém, segundo a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), não são nove, mas sim dez as pessoas detidas, todas familiares e com idades compreendidas entre os 12 e os 30 anos.
Efe Manal Tamimi, ativista e familiar dos detidos, explicou que sete destes são menores de idade e que esta operação militar supõe “um novo aumento do nível de ataques” sobre a aldeia.
Efe Manal Tamimi, ativista e familiar dos detidos, explicou que sete destes são menores de idade e que esta operação militar supõe “um novo aumento do nível de ataques” sobre a aldeia.
Um dos detidos é Mohammed Tamimi, de apenas 15 anos, que fora baleado na cabeça com uma bala de borracha no dia da detenção da sua prima Ahed. Mohammed ficou gravemente ferido e aguardava por uma nova cirurgia que restaurasse a parte do crânio que lhe fora removida na cirurgia de emergência após ter sido baleado em dezembro de 2017.
A aldeia de Nabi Saleh, no norte da Cisjordânia, há muito que é um território de manifestações contra a ocupação israelense. Os protestos semanais terminam muitas vezes em confrontos com as forças militares de Israel.
Ahed Tamimi é acusada de 12 crimes e poderá enfrentar uma longa pena de prisão, caso seja condenada.