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Movimentos voltam às ruas em defesa da educação e contra reforma da Previdência

Saiba quais são os locais e horários dos atos já confirmados da Greve Geral da Educação e protestos em cidades de todo o Brasil
Marcos Barbosa
Brasil de Fato
São Paulo (SP)

Tradução:

Na próxima terça-feira (13), acontecerá um Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação e da Previdência. A mobilização tem como objetivo denunciar o desmonte da educação pública, conduzido por Jair Bolsonaro (PSL), além de impedir o avanço da reforma da Previdência. 

Como forma de pressionar contra as investidas do governo federal, que vem retirando direitos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) comunicou que estão previstas manifestações em mais de 40 cidades brasileiras, podendo este número crescer nos próximos dias.  O protesto, que tem sido apelidado de “Tsunami da Educação”, está sendo construído por movimentos populares, entidades estudantis e centrais sindicais. São esperadas, também, atividades e paralisações de categorias de trabalhadores.

O objetivo central é barrar o processo de privatização das universidades a partir do programa Future-se, conduzido pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, além de cobrar a reversão dos cortes da educação, que estão sucateando escolas e universidades públicas e impossibilitando o pleno funcionamento destas instituições. 

De acordo com Rosa Amorim, estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e militante do movimento Levante Popular da Juventude, desde o início do governo Bolsonaro, foram realizados grandes atos no Recife em defesa da educação, mobilizando cerca de 200 mil pessoas, o que tem fortalecido o movimento estudantil na cidade.  

Saiba quais são os locais e horários dos atos já confirmados da Greve Geral da Educação e protestos em cidades de todo o Brasil

Mídia NINJA
mobilização tem como objetivo denunciar o desmonte da educação pública, conduzido por Jair Bolsonaro

Em relação ao programa Future-se, ela considera que se trata de um projeto de “privatização da educação para fazer com que a universidade se flexibilize para a entrada de empresas”. “O futuro da educação é a privatização? A gente coloca que precisa ser outro, então vamos para rua pra defender o nosso projeto de futuro para a educação”, convoca.

A população que ocupa as ruas na próxima semana visa impedir, também, o avanço da reforma da Previdência, aprovada em segundo turno no Congresso Nacional na última terça-feira (06). Segundo Paulo Rocha, professor e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT/PE), “a luta contra a reforma da Previdência não acabou” e agora é preciso impedir a aprovação no Senado Federal, onde ela será votada nas próximas semanas.

” O clima no país é de desconfiança dentro do Congresso Nacional e com as bases que deram o Golpe na ex-presidenta Dilma em 2016. Tudo isso irá contribuir para a gente continuar mobilizado e avançar na luta contra a reforma da Previdência, que vai impedir as pessoas de se aposentarem e de ter uma velhice digna. Ainda temos condições de barrar essa reforma, do mesmo jeito que a barramos em 2017”, declara. 

Future-se

Apresentado no dia 17 de julho pelo ministro da Educação Abraham Weintraub e ainda cercado de dúvidas, o programa prevê que as organizações sociais (OSs) poderão atuar na administração direta das universidades, inclusive na gestão de recursos e de pessoal.

Segundo texto publicado no site do MEC, um comitê gestor vai “definir o critério para aceitação das certificações, para fins de participação no processo eleitoral dos reitores”. Para alguns, isso significa que as OSs poderiam até atuar na escolha de reitores e pró-reitores, uma questão que o governo ainda não esclareceu.

Aderindo ao Future-se, as instituições federais também poderiam “emprestar” professores para atuarem nas OSs e ceder a ocupação ou vender o nome de prédios (naming righs) para essas instituições, como já é feito em estádios de futebol. O anúncio do Future-se gerou reações negativas por parte de reitores e associações de docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes)

Confira os locais de concentração:

São Paulo (SP)

Local: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP

Horário: 16h

Rio de Janeiro (RJ)

Local: Candelária

Horário: 15h

Porto Alegre (RS)

Local: Esquina Democrática – Borges de Medeiros X Rua dos Andradas

Horário: 18h

Belo Horizonte (MG)

Local: Praça da Assembléia Legislativa  

Horário: 16h

Brasília (DF)

Local: Museu da República 

Horário: 9h

Salvador (BA)

Local: Praça do Campo Grande

Horário: 9h

Curitiba (PR)

Local: Praça Santos Andrade

Horário: 17h

Fortaleza (CE)

Local: Praça da Gentilândia  

Horário: 8h

Belém (PA)

Local: Praça da República 

Horário: 8h

Recife (PE)

Local: Rua Aurora

Horário: 15h

Manaus (AM)

Local: Praça da Saudade

Horário: 15h

Natal (RN)

Horário: 10h

Cuiabá (MT)

Local: Praca Alencastro  

Horário: 14h

São Luis (MA)

Local: Praça Deodoro

Horário: 15h

Confira mais horários através do link: http://bit.ly/2Z2ae5A

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Marcos Barbosa

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