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ToggleAnunciado, nesta quinta-feira (13), com pompa e circunstância, o acordo, mediado por Donald Trump, que normaliza as relações diplomáticas dos Emirados Árabes Unidos (EAU) com Israel foi rejeitado de forma veemente pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Segundo informou o príncipe herdeiro dos EAU, Abu Dhabi Mohammed ben Zayed Al-Nahyan, em troca da normalização, Israel suspenderá a anexação de “novos territórios palestinos”.
“Em um telefonema entre o presidente Donald Trump e (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu, um acordo foi alcançado para encerrar qualquer anexação suplementar dos territórios palestinos”, declaro
South China
Mahmoud Abbas, presidente da ANPContinua após o anúncio
Traição a causa Palestina
No entanto, Mahmoud Abbas, presidente da ANP, classificou o acordo para normalizar as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos como uma traição à causa Palestina e convocou uma reunião de emergência da Liga Árabe.
“A liderança Palestina rejeita o que os Emirados Árabes Unidos fizeram. É uma traição a Jerusalém e à causa Palestina”, disse a liderança Palestina em um comunicado.
Em maio, Palestina e Emirados Árabes Unidos já enfrentaram um mal estar diplomático. A Palestina rejeitou um material de ajuda humanitária enviado pelos Emirados Árabes Unidos através de Israel para combater o novo tipo de coronavírus.
Na ocasião, o ministro da Saúde da Palestina, Mey Keyle, disse que nenhuma coordenação foi feita com a Palestina em relação aos suprimentos médicos dos Emirados Árabes Unidos.
“A Palestina é um estado. Tudo o que interessa à Palestina deve ser feito em coordenação conosco”, afirmou.
Reportado por agências, fontes palestinas denunciaram, na época, que “esse método de assistência médica foi realizado no âmbito do processo de normalização do mundo árabe com Israel, que nós rejeitamos”.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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