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“Nunca esqueceremos que Otan bombardeou nossa embaixada na Iugoslávia”, diz China

Comunicado foi divulgado após uma declaração do secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, cobrando da China condenação à operação na Ucrânia
Redação Sputnik Brasil
Sputnik Brasil
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

A resposta ao secretário-geral da OTAN foi dada pela missão diplomática chinesa na União Europeia, que rebateu dizendo que a China não precisa receber lições da organização que bombardeou sua embaixada em 1999.

“O povo chinês compartilha a dor e o sofrimento de outros países, porque nunca esqueceremos quem bombardeou nossa embaixada na Iugoslávia. […] A China não precisa de lições de justiça vindas de violadores do direito internacional“, disse a missão chinesa em comunicado. 

A OTAN bombardeou a Embaixada da China em Belgrado, na antiga Iugoslávia, no dia 7 de maio de 1999, causando a morte de três pessoas e deixando dezenas de feridos. A China relembra a impunidade da organização, que nunca foi responsabilizada pelo ataque, denuncia que a OTAN segue se expandindo e caracteriza sua postura como “um vestígio da Guerra Fria“.

Comunicado foi divulgado após uma declaração do secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, cobrando da China condenação à operação na Ucrânia

Pxhere
Jens Stoltenberg tem cobrado da China a condenação da operação militar especial russa na Ucrânia

Na segunda-feira (14), o representante da China na ONU, Zhang Jun, também comparou a atual presença da OTAN como reminiscente dos tempos da Guerra Fria, durante a sessão de segurança da ONU.

“A mentalidade de Guerra Fria, baseada no confronto entre blocos, deve ser completamente rejeitada. […] Este mundo não precisa de uma nova Guerra Fria. Este mundo pode viver com crescimento e progresso comuns”, disse Zhang.

Em 24 de março vão completar 23 anos do início dos bombardeios da OTAN contra a Iugoslávia, que se desintegrou após uma série de conflitos étnicos nos anos 90 e que em 1999 era composta pelos atuais países Sérvia e Montenegro.

Avanço na cooperação com China pode blindar Rússia contra sanções dos EUA

As forças do bloco intervieram no conflito relativo à independência do Kosovo sem aprovação da ONU. O então presidente dos EUA, Bill Clinton, justificou os ataques como “uma intervenção humanitária”. Os bombardeios aconteceram de 24 de março a 11 de junho de 1999. Durante esses 78 dias, a OTAN lançou um total de 2.300 mísseis contra 990 alvos e 14.000 bombas sobre o território da Iugoslávia.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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