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ToggleNa última sexta-feira (10), a Assembleia Geral da ONU adotou por esmagadora maioria uma resolução em que solicita ao Conselho de Segurança que reveja sua posição sobre o pedido de admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas [1].
A resolução foi aprovada com 143 votos a favor. Só 9 países votaram contra (Argentina, Estados Unidos, Hungria, Israel, Micronésia, Nauru, Palaos, Papua Nova Guiné e Tchéquia); houve 25 abstenções.
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A resolução adotada pela Assembleia Geral da ONU outorga novos direitos ao Estado da Palestina. De agora em diante, a missão diplomática da Palestina poderá sentar-se entre os Estados-Membros por ordem alfabética, poderá apresentar propostas e emendas aos projetos de resolução, poderá apresentar projetos de resolução e ser coautor de projetos, terá direito a apresentar questões de ordem e gozará do direito de resposta sobre as proposições de um grupo. No entanto, a Palestina continua sem ter direito a votar na Assembleia Geral e não poderá apresentar sua candidatura para ocupar postos nos órgãos da ONU.
O representante permanente de Israel afirmou que ter votado a favor da Palestina equivale a promover a criação de um Estado terrorista “dirigido pelo Hitler de nossa época”. Segundo o diplomata israelense, esse “voto destructor” abre o caminho “aos colaboradores daqueles que queimaram crianças judias em 7 de outubro”. Referindo-se ao voto a favor do Estado Palestino, o representante de Israel agregou que este “ato imperdoável” significa a destruição da Carta das Nações Unidas. Depois destas palavras, o diplomata israelense meteu um exemplar da Carta da ONU em uma pequena máquina trituradora de documentos.
Rússia, Irã e Síria criticam os EUA e Israel
A Federação Russa, que votou a favor do texto aprovado, denunciou o veto emitido pela delegação dos Estados Unidos contra o projeto de resolução apresentado ao Conselho de Segurança em 18 de abril a favor da admissão da Palestina como membro pleno da ONU. A Rússia enfatizou que os Estados Unidos pretendem ser “o policial do mundo”.
#BREAKING
UN General Assembly ADOPTS resolution, recommending Security Council reconsider the matter of Palestine’s membership favourably; changing modalities for its participation in meetingsRESULT:
IN FAVOR: 143
AGAINST: 9
ABSTAIN: 25Full story ⤵️https://t.co/9COW72erJb pic.twitter.com/YsBWj6ac2f
— UN News (@UN_News_Centre) May 10, 2024
Os Estados Unidos trataram de justificar seu voto contra o texto aprovado pela Assembleia Geral afirmando que “as medidas unilaterais da ONU” não favorecem no terreno “a solução dos dois Estados“. Os Estados Unidos acrescentaram, no entanto, que seu voto contra não reflete a posição estadunidense sobre um Estado palestino, cujo estabelecimento disse apoiar.
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A República Islâmica do Irã afirmou que Israel não demonstrou ser merecedor de seu status de Estado-Membro da ONU, tendo em conta o genocídio que está cometendo em Gaza. Irã observou igualmente que o voto da Assembleia Geral mostra claramente “o isolamento dos Estados Unidos”. A República Árabe Síria denunciou o “show” de Israel diante da Assembleia Geral da ONU.
Europa dividida
Alemanha, Áustria, Bulgária, Letônia, Finlândia, Itália, Romênia, Reino Unido e Suíça explicaram sua abstenção afirmando que consideravam prematura a admissão da Palestina como membro pleno da ONU.
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A França, por sua vez, declarou-se resolutamente favorável à admissão da Palestina como novo membro pleno da Organização das Nações Unidas. A França insistiu seguidamente na necessidade urgente de alcançar um acerto político global para o conflito israelense-palestino e estimou que este acerto deveria basear-se na “solução dos dois Estados”.