Com o anúncio de que as dissidências das Farc, conhecidas como Estado Maior Central (EMC), cessarão a prática dos sequestros, concluiu-se em Bogotá o segundo ciclo de conversações de paz entre essa guerrilha e a delegação do governo nacional.
A ronda transcorreu em total hermetismo e apenas nesta tarde se deu a conhecer um comunicado conjunto das partes no qual reiteram seu “compromisso na busca da paz” e sua disposição para resolver o conflito armado “mediante o diálogo respeitoso e construtivo”.
Segundo a declaração, firmada pelos chefes da delegação do governo, Camilo González e Leopoldo Durán, serão postos em marcha vários mecanismos para aliviar a situação dos civis que vivem nas áreas mais golpeadas pela violência, enfatizando a implementação de “transformações territoriais”.
Governo e guerrilha acordaram também criar comissões para escutar as comunidades da região amazônica e os departamentos de Cauca e Antioquia.
Depois de agradecer às missões da ONU e da OEA na Colômbia, assim como à Igreja Católica e aos países garantes (Noruega, Venezuela, Suíça e Irlanda), as delegações anunciaram a realização de um novo ciclo de diálogos entre 9 e 18 de janeiro de 2024.
O tema da exclusão do sequestro como método para obter finanças ocupa o centro dos diálogos de paz que, paralelamente, ocorrem no México entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a delegação do governo, agora presidida por Vera Grabe, que substituiu Otty Patiño, nomeado pelo presidente Gustavo Petro como o novo Comissionado de Paz.
Jorge Enrique Botero | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannavrava
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