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Por mentir descaradamente durante eleições, Jovem Pan perde monetização no YouTube

O programa “Pingo nos Is” incorreu em “repetidas violações das políticas contra a desinformação em eleições e das diretrizes de conteúdo adequado para publicidade”
Altamiro Borges
Blog do Miro
São Paulo (SP)

Tradução:

Não está nada fácil a vida da rede Jovem Pan — também apelidada de Jovem Klan por suas posições de extrema-direita. Logo após a derrota do seu candidato nas eleições presidenciais, a emissora demitiu vários jagunços bolsonaristas — como Augusto Nunes, Guilherme Fiúza, Caio Copolla e Carla Cecato. 

A manobra do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o famigerado Tutinha – sempre de olho na grana da publicidade governamental –, desagradou seu público fanatizado, que começou a hostilizar equipes da Jovem Pan pelas ruas. Agora, para piorar, o YouTube decidiu cortar a sua receita. 

A dura medida atinge a receita publicitária de todos os canais da Jovem Klan na plataforma de vídeos. Segundo nota divulgada pela multinacional ianque nessa quarta-feira (23), o programa “Pingo nos Is”, o mais popular da emissora na internet, incorreu em “repetidas violações das políticas contra a desinformação em eleições e das diretrizes de conteúdo adequado para publicidade”. 

O avarento Tutinha vai endoidar

Além de infringir as regras de desinformação da plataforma de vídeos do Google, que não permite conteúdos que aleguem fraudes nas eleições brasileiras de 2014, 2018 e 2022, a nota acrescenta que a emissora também violou as normas relacionadas “a questões polêmicas e eventos sensíveis, atos perigosos ou nocivos, além de outras políticas de monetização”.

O programa “Pingo nos Is”  incorreu em “repetidas violações das políticas contra a desinformação em eleições e das diretrizes de conteúdo adequado para publicidade”

reprodução
Programa comandando por Augusto Nunes era citado por futuro ex-presidente como fonte de informação

O jornal Folha de S.Paulo procurou a Jovem Pan para se manifestar sobre o corte, mas ainda não obteve resposta. “A decisão do YouTube foi tomada por conta própria, devido à violação das regras da plataforma, independentemente de ação judicial. 

Ele não revela quais vídeos levaram à suspensão da receita, mas a emissora já teve uma série de publicações derrubadas. Um dos casos mais sensíveis foi a exibição de uma reportagem sobre estupro sem tarja sobre a imagem da vítima”. 

“Com a decisão, a emissora perde receita, em especial com o Pingo nos Is, que tem 5,4 milhões de seguidores no YouTube e se tornou o canal com viés de direita que mais cresceu no mandato de Jair Bolsonaro (PL), que inclusive recomendava o programa como fonte de notícias. 

Segundo o YouTube, a desmonetização não impacta nas recomendações ou no alcance dos conteúdos, só na capacidade de receber dinheiro”. O avarento Tutinha deve estar endiabrado com o corte da grana.


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Altamiro Borges

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