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ToggleNa Educação assume o quarto ministro. Este, pelo menos, não é analfabeto e parece que tem diplomas verdadeiros. Muda alguma coisa? Como sempre, não muda nada. Para mudar alguma coisa só anulando a eleição de 2018.
Por que não muda?
Para não exagerar, pode ser que mude alguma coisa com relação à gestão no Ministério. Este novo é mais competente e tem alguma experiência. Agora, com relação ao conceito de educação e de ideologia, que é o mais importante, a situação se torna mais grave do que com os ministros anteriores.
Como conceito, ele defende a educação fundada na disciplina, no castigo e na submissão da mulher à autoridade do homem.
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O novo ministro, pastor Milton Ribeiro, é calvinista, algo assim como “terrivelmente" evangélico.
Terrivelmente evangélico
Quanto à ideologia, o novo ministro, pastor Milton Ribeiro, é calvinista, algo assim como “terrivelmente” evangélico, bem ao gosto do governo de ocupação encharcado de um cristianismo às avessas.
Desde maio de 2019, Ribeiro é membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República — primeiro a ser nomeado para o órgão por Bolsonaro, e por indicação dos calvinistas.
Criacionismo
Outro calvinista no governo é o ex-reitor da Universidade Metodista Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto, uma das lideranças do agrupamento de calvinistas.
Em janeiro de 2020, ele deixou a reitoria para assumir, a convite do governo de ocupação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Universitário (Capes) — a maior agência de fomento à pesquisa do país.
Esses calvinistas são adeptos do “Design Inteligente”, eufemismo para esconder o criacionismo.
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Fim do ensino público
Tal como os neopentecostais, o objetivo dos calvinistas é a captura do poder para evangelizar a nação. Se deixarem, eles transformam o Estado numa teocracia tipo a do Estado de Israel ou a Alemanha de Calvino.
Entre os objetivos do governo, está o de nomear os reitores das universidades públicas. A intenção é clara. É um primeiro passo para a privatização total ou a meias, isto é, fazendo com que o aluno pague a escola pública.
Também querem banir do ensino as ciências humanas, como sociologia e filosofia. Alguns, como o próprio Olavo de Carvalho, acham que o próprio Ministério da Educação (MEC) deveria deixar de existir, como disse em entrevista recente à Jovem Pan.
Educação à distância?
Quando falam em ensino à distância, eu pergunto: “para quem?”.
A experiência durante a quarenta provou que nenhum dos lados estão preparados. Ou seja, nem o aluno, nem o professor, nem o Estado conseguem suprir os equipamentos necessários.
Milhões de crianças e outros milhões que estão por nascer só terão condições de ter acesso ao ensino à distância se tiverem tido nove anos de ensino completo que os prepare para essa nova etapa.
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