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“Militarização do governo trouxe a forma de pensar da guerra para a administração pública”, avalia especialista

A pesquisadora Ana Penido, convidada do Dialogando com Paulo Cannabrava, explica os riscos de deixar o país na mão de quem é treinado para a guerra
Redação Diálogos do Sul
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

“O grande partido que sustenta o governo Bolsonaro nunca foi o PSL, mas sim o partido militar”, explica a pesquisadora Ana Penido, que participou de um debate imperdível sobre a crise militar no Brasil, durante o programa Dialogando com Paulo Cannabrava.

A integrante do grupo de estudos em defesa e segurança internacional (GEDES) e do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social entende que o plano vai além de Bolsonaro. Os militares não têm apenas um projeto de governo, o que está se construindo é um projeto de poder a longo prazo, defende. 

“Eles não entram pensando só em quatro anos, tem mais coisas envolvidas. Eles não embarcam num processo desses pra sair de graça.”

Penido também cita as negativas desse tipo de gestão. A militarização do governo trouxe a forma de pensar da guerra para a administração pública, como a cultura do sigilo, a hierarquia que não deve ser questionada e a questão de pensar que seu adversário é um inimigo “que precisa ser eliminado”. A soma desses costumes são “um grande problema pro ambiente civil e de gestão pública“, avalia.

Assista:

A pesquisadora Ana Penido, convidada do Dialogando com Paulo Cannabrava, explica os riscos de deixar o país na mão de quem é treinado para a guerra

Palácio do Planalto
Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão em Solenidade de transmissão do cargo de Comandante da Aeronáutica.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Diálogos do Sul

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