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Riqueza de culturas e civilizações do planeta são difíceis de padronizar, adverte Putin

De acordo com líder russo, EUA, "ao declararem-se vencedores da Guerra Fria" em 1991, passaram a considerarem-se "o mensageiro de Deus na Terra"
Redação Resumen LatinoAmericano
Resumen LatinoAmericano
Buenos Aires

Tradução:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na última sexta-feira (17) que a época da chamada ordem mundial unipolar acabou, apesar do que chamou de todas as tentativas de conservá-la por qualquer meio, à frente dos quais indicou, nominalmente, os Estados Unidos, durante sua intervenção no 25º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF). 

O mandatário russo enfatizou que a diversidade de civilizações do planeta e a riqueza de culturas são difíceis de uniformizar com padrões, sejam eles políticos, econômicos ou de outro tipo: “Aqui não funcionam os padrões, padrões que são grosseiros, sem alternativa, impostos a partir de um único centro”, disse.

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De acordo com o presidente russo, os Estados Unidos “ao declararem-se vencedores da Guerra Fria”, em 1991 passaram a considerar-se “o mensageiro de Deus na Terra, sem obrigações, só interesses; e esses interesses são proclamados sagrados”.

Segundo Putin, Washington “parece não se dar conta” do fato de que nas últimas décadas” foram se formando e ganhando terreno “novos centros poderosos”, com “sistemas políticos e instituições públicas próprias”, assim como “modelos de crescimento econômico”, que “claro, têm direito a sua proteção, a garantir a soberania nacional”. 

De igual maneira, criticou os líderes dos países ocidentais que continuam considerando o resto dos Estados como “colônias”, e seus povos como “pessoas de segunda classe, porque eles mesmos consideram-se excepcionais”.

De acordo com líder russo, EUA, "ao declararem-se vencedores da Guerra Fria" em 1991, passaram a considerarem-se "o mensageiro de Deus na Terra"

Resumen Latinoamericano
O presidente da Rússia, Vladimir Putin

Conflito econômico

O presidente russo disse, ainda, que “a guerra relâmpago econômica inicial contra a Rússia não tinha possibilidades de êxito”, referindo-se às políticas de sanções e medidas coercitivas unilaterais promovidas pela União Europeia e os Estados Unidos contra Moscou, depois da intervenção na Ucrânia, em fevereiro passado.

Em resposta às medidas coercitivas unilaterais, anunciou que a Rússia pode aumentar significativamente a exportação de alimentos e fertilizantes e o volume de fornecimento de grãos pode crescer na próxima temporada para 50 milhões de toneladas.

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Disse também que a economia russa manterá os princípios de abertura em seu desenvolvimento e nunca seguirá o caminho do auto-isolamento, enumerando novas medidas para a proteção da economia nacional frente às sanções.

Em relação à economia, Putin também afirmou que «os conceitos chave para os negócios, como a reputação comercial, a inviolabilidade da propriedade e a confiança nas moedas mundiais», foram socavados pelo Ocidente, que se orienta por suas “ambições e ilusões geopolíticas obsoletas”.

O presidente russo afirmou ainda que o aumento de preços, a inflação, os problemas com os alimentos e os combustíveis e no setor energético em geral são “o resultado dos erros sistêmicos da política econômica da atual administração estadunidense e da burocracia europeia”. 

Ao mesmo tempo, Putin indicou que “a consequência direta das ações dos políticos europeus e dos acontecimentos deste ano será um aumento da desigualdade nesses países. O que, por sua vez, dividirá ainda mais suas sociedades. E a questão não é só o nível de bem estar, mas também os valores dos distintos grupos dessas sociedades”, acrescentou.

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O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) realiza-se desde 1997, e desde 2006 é organizado com patrocínio e participação do presidente da Federação Russa.

Redação Resumen Latinoamericano
Tradução de Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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