O embaixador da Colômbia na Argentina, Camilo Romero, voltará a Buenos Aires após dois meses, quando foi chamado para consultas em meio à recente crise diplomática entre ambos os países, conjurada através de um comunicado conjunto das chancelarias divulgado nesta terça-feira (2).
A declaração também anuncia que a Colômbia concedeu o consentimento “ao novo embaixador proposto pelo governo argentino em Bogotá”, assim como a visita à Colômbia da chanceler da Argentina, Diana Mondino, sem especificar a data da visita.
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“Por precisas instruções dos presidentes de ambas as nações, as chancelarias da Argentina e da Colômbia mantiveram conversações para afiançar as relações diplomáticas, de acordo com as tradicionais relações de fraternidade, civilidade e os vínculos entre ambos os povos nos planos político, comercial, cultural e institucional”, diz o comunicado.
O pronunciamento dos ministérios de relações exteriores foi produzido no meio de uma azeda disputa entre os presidentes Javier Milei e Gustavo Petro, que fez temer por uma ruptura dos vínculos binacionais de mais de 200 anos.
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“As relações não passam por seu melhor momento, mas não estão rotas”, disso no último fim de semana o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, que instou a que Milei “não volte a atacar verbalmente o presidente Petro com palavras exorbitantes e desrespeitosas”.
Durante uma entrevista ao canal estadunidense CNN, o presidente argentino qualificou Petro de “terrorista assassino” e o incluiu na lista dos que – na sua opinião – são os piores governantes da América Latina, dando origem ao terceiro enfrentamento entre os dois mandatários desde que Milei tomou posse como presidente.
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