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Foto: Kremlin

Dmitry Peskov: Conferência de Zelensky mostrou à Otan que, sem Rússia, sem acordo

Ainda segundo Dmitry Peskov, resultados da reunião convocada por Zelensky são "quase nulos"
Juan Pablo Duch
La Jornada
Moscou

Tradução:

Beatriz Cannabrava

Depois que na manhã desta segunda-feira (17) o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, chamou de “quase nulos” os resultados da Conferência pela Paz, convocada pela Ucrânia no último fim de semana na Suíça, destacando que muitos países que participaram da cúpula apontaram que “não pode haver uma discussão séria e substantiva” sem incluir a Rússia, o assessor de Putin em política externa, Yuri Ushakov, disse às agências de notícias locais que “as propostas do Presidente da Rússia ofuscaram a conferência suíça”.

Para Ushakov, ex-embaixador russo em Washington, os participantes da reunião de Bürgenstock “se viram obrigados, quer queiram ou não, a levar em conta nossas propostas”, que Kiev, Washington e Bruxelas qualificaram de ultimato inadmissível.

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O mandatário russo – na opinião de seu assessor – “ofereceu uma possibilidade real não só para finalizar a guerra, mas também para alcançar uma solução estável para esta crise e acordar as condições para que não se retome o conflito”.

Novas mudanças no ministério da Defesa russo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, continuou nesta segunda-feira (17) a recomposição da cúpula do ministério da Defesa ao nomear três civis como vice-ministros e destituir quatro militares que faziam parte da equipe do antigo titular da pasta, Serguei Shoigu, realocado à frente do Conselho de Segurança, enquanto cinco de seus colaboradores mais próximos, todos generais, acabaram em prisão preventiva sob acusações de corrupção e abuso de poder em espera de julgamento.

O Kremlin divulgou os decretos que incorporam ao entorno do atual ministro da Defesa, Andrei Belousov, economista que atuava como vice-primeiro-ministro da Rússia, Leonid Gornin, que terá o posto de primeiro vice-ministro, Anna Tsiviliova e Pavel Fradkov, como vice-ministros.

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Leonid Gornin era o segundo do ministério das Finanças e, segundo a dependência castrense, terá entre suas tarefas supervisionar os enormes recursos que, devido à operação militar na Ucrânia, constituem o maior orçamento da história das forças armadas russas.

Casada com Serguei Tsiviliov, ex-governador da região mineira de Kemerovo e atual ministro de Energia da Rússia, Anna Tsiviliova se encarregará de atender os assuntos sociais e de habitação dos militares. De acordo com repórteres russos que estudaram sua trajetória, Tsiviliova adotou o sobrenome do marido e é sobrinha de segundo grau de Putin, filha de um primo.

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Pavel Fradkov, filho de Mijail Fradkov, ex-primeiro-ministro da Rússia e ex-diretor do serviço de inteligência exterior, se ocupará da área de construção, substituindo Timur Ivanov, ex-braço direito de Shoigu, que protagonizou o primeiro grande escândalo de corrupção no exército em abril passado.

Nesta segunda-feira, o líder russo removeu de seus cargos o primeiro vice-ministro Ruslan Tsalikov e os vice-ministros Nikolai Pankov, Tatiana Shevtsova e Pavel Popov. Junto com Belousov, chegou à dependência castrense Oleg Saveliev, com o posto de vice-ministro e chefe do secretariado do titular da pasta.

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Ainda não está concluída a remodelação da cúpula do ministério da Defesa. Além de não estar claro se os cinco vice-ministros restantes da equipe de Shoigu manterão seus cargos, Belousov pode designar mais três vice-ministros, já que Putin autorizou que sua estrutura tenha 12 e não 10 vice-ministros, dois deles com posto de primeiros vice-ministros.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Juan Pablo Duch Correspondente do La Jornada em Moscou.

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