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Pandemia se combate com muitas medidas, mas comunicação é crucial para que setor cultural não seja engolido pelo sistema

Em tempos de pandemia, nunca foi tão atual a frase: Todo artista tem que ir onde o povo está!
Danilo Nunes
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Em março de 2020, fomos afetados pela pandemia viral que causa a Covid-19 e com isso, muitos trabalhadores autônomos se viram em situação instável, onde a incerteza tomou conta da população.

Um dos segmentos afetados pela nova realidade foi a cultura.

Trabalhadoras e trabalhadores, artistas, músicos, bailarinos, fazedores de espetáculos que dependem da aglomeração de público para poderem exercer seus trabalhos, tiveram que parar.

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Com isso, veio a crise e a dificuldade de sobrevivência dentro do próprio sistema que, já colocava seus obstáculos. Isso nos levou (forçadamente) a um novo olhar e uma nova forma de nos comunicar, expressar e realizar.

Novas ferramentas se incorporaram definitivamente na vida cotidiana da população, consequentemente se tornaram necessárias nos trabalhos de artistas e agentes culturais.

Todo o processo de globalização já vinha apontando um novo caminho, conduzindo e convocando povos em todo o mundo para essa nova realidade.

Lives, instagram, tik tok, conteúdo na web, redes sociais, exposição humana de costumes, streams, reuniões online, etc, acabaram por se firmar, tornando-se parte inseparável do ser humano.

Em tempos de pandemia, nunca foi tão atual a frase: Todo artista tem que ir onde o povo está!

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Nós artistas, agentes culturais e profissionais de diversos segmentos estamos tendo que nos apropriar dessas ferramentas para que o sistema não nos engula novamente.

Temos urgência de entender todos os processos que se darão a partir desse confinamento pandêmico e, utilizá-los a nosso favor.

Ter como natural as novas formas de comunicação, implica em estudá-las e compreendê-las para que possamos tomar as rédeas desses novos veículos.

Nunca foi tão atual a frase: O Artista vai onde o Povo está!

Pois bem, assim tem sido. Com tudo que o ser humano adquiriu e atribuiu valores nos últimos tempos como celulares, computadores, tabletes, entre outros equipamentos, nós artistas vamos aprendendo e achando os espaços para estarmos com o público nos cômodos de suas casas, automóveis e escritórios, levando o que temos de mais verdadeiro: A nossa Arte. 

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Do momento em que somos inseridos na vida social, passamos a ser comunicadores e receptores de informação, o que nos leva a experiências humanas, resultando  na  organização de novas formas culturais.

Sem esquecer nossa ancestralidade, mas estando atentos para o novo que chega, devemos buscar a compreensão da realidade que se instala no mundo, assim como o poder público e seus gestores de políticas públicas.

Vamos amar o passado, entendendo que o novo sempre vem. 

No mais, a pandemia se combate com muitas medidas, mas a comunicação é fundamental. Para isso precisamos de comunicadores eficientes e dispostos a conduzir as informações para o bem comum.

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Todas, todos e todes nós, somos e/ou devemos ser agentes em combate a Covid-19 e defensores do maior  direito natural que temos: A vida.

Podemos e devemos salvar uns aos outros do inimigo invisível e dos genocidas e assassinos de plantão.

Assim poderemos respirar melhor.

Danilo Nunes é músico, ator, historiador e pesquisador de Cultura Popular Brasileira e Latino-americana. 


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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