Argentina foi eleita a sede da XV Conferência Regional sobre a Mulher na América Latina e no Caribe, que se celebrará em2022, organizada pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL).
O oferecimento do governo desse país sul-americano foi acolhido por aclamação pelos participantes na XIV Conferência Regional, que concluiu hoje nesta capital após cinco dias de sessões.
Para isso a CEPAL, em sua condição de Secretaria Técnica da Conferência começará de imediato os trabalhos preparatórios da reunião, transformada no principal fórum intergovernamental sobre os direitos das mulheres e a igualdade de gênero na região.
No evento celebrado na sede da CEPAL nesta capital participaram uma vintena de ministras da Mulher e outros altas autoridades relacionadas com organizações e instituições vinculadas ao desenvolvimento e empoderamento da população feminina.
Flickr / Colectivo La Luz
Manifestação em Buenos Aires, na Argentina, pelo fim da violência contra as mulheres. Participante exibe cartaz com o lema #NiUnaMenos
Também participaram delegadas de 32 nações e representantes de 350 organizações femininas e sociais de todo o continente.
A Conferência é um órgão subsidiário da CEPAL, convocado regularmente desde 1977, quando teve sua primeira edição em Havana, Cuba, e tem como objetivo identificar a situação na área com respeito à autonomia e os direitos das mulheres, e apresentar recomendações em matéria de política públicas de igualdade de gênero.
Também realiza avaliações periódicas das atividades levadas a cabo em cumprimento dos acordos regionais e internacionais e suas últimas edições se realizaram em Montevidéu (2016), Santo Domingo (2013), Brasília (2010) e Quito (2007).
Neste encontro, a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, apresentou o documento central “A autonomia das mulheres em cenários econômicos mutantes”, que serviu de fundamento para os debates das delegações.
Como resultado das análises em painéis e comissões de trabalho, foi aprovado o Compromisso de Santiago, documento que propõe uma série de recomendações aos governos e entidades internacionais para nos próximos anos aprofundar as políticas encaminhadas a avançar na conquista da plena igualdade da mulher nos países da região.
Até a celebração da próxima reunião na Argentina, o Chile presidirá todas as atividades da Conferência Regional.
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