A presidenta da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, afirmou hoje que fazer avançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres deve ser prioridade tanto dentro como fora do organismo multilateral.
O empoderamento das mulheres permitirá construir um mundo mais justo e melhor para todos, pois se trata de que a metade da população mundial não fique para trás, disse em um evento informal de alto nível sobre o tema.
Não podemos aceitar que falte mais de um século para fechar a brecha de gênero e 200 anos para alcançar a paridade econômica, sublinhou a quarta mulher e a primeira latino-americana a encabeçar a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Nações Unidas
María Fernanda Espinosa, presidenta da Assembléia Geral da ONU
Assinalou que devemos reafirmar o compromisso coletivo com a igualdade de gênero e empreender ações diante da pouca presença de mulheres nas mais altas esferas de poder.
Recordou o chamado à ação lançado aqui na ONU em março deste ano que estabeleceu várias prioridades: são medidas para lutar contra a violência política à mulher, garantir a sua participação econômica e a criação de um entorno propício para que possa desempenhar-se em todas as esferas da sociedade.
Desde que assumi este cargo, recalcou a diplomata equatoriana, tenho trabalhado para promover a liderança da mulher em todas as atividades da Assembleia Geral.
Por sua parte, o diplomata nigeriano Tijani Muhammad-Bande, que assumirá a presidência deste organismo na próxima semana, comprometeu-se a ser “um campeão de gênero”.
Assegurou que a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres é um assunto fundamental que não pode ser perdido de vista.
No 74º período de sessões da Assembleia Geral vamos a continuar com esses esforços, sobretudo quando em 2020 serão celebrados os 10 anos da ONU Mulheres e os 25 anos da Plataforma de Ação de Beijing.
A diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, destacou que o próximo ano será muito simbólico por essas duas datas tão importantes.
Temos muito por fazer e devemos aproveitar todas as sinergias que existem com o fim de aumentar a representação da mulher nos diferentes âmbitos da ONU, por exemplo, na sua equipe de direção.
Para Mlambo-Ngcuka, abordar a desigualdade de gênero se trata, em primeira instância, de reparar problemas que foram gerados pelos homens.
*Correspondente de Prensa Latina nas Nações Unidas
**Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
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