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Lula: Biden nunca promoveu ajuda contra fome na África e envia US$ 40 bi em armas à Ucrânia

"Não é possível”, disse o candidato à presidência durante ato em defesa da soberania nacional, em Porto Alegre (RS), na última quarta-feira (1º)
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Brasília (DF)

Tradução:

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou o pacote multimilionário de ajuda dos Estados Unidos para a compra de armas pela Ucrânia, hoje envolvida em um conflito com a Rússia.

“Não é possível que o presidente (Joe) Biden, que nunca fez um discurso para dar um dólar aos que passam fome na África, anuncie 40 bilhões para ajudar a Ucrânia a comprar armas. Não é possível”, disse Lula, durante ato em defesa da soberania nacional, em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, na última quarta-feira (1º).

O governo dos EUA disse que a assistência inclui apoio militar, econômico e humanitário à Ucrânia.

Em entrevista concedida no final de março à revista americana Time, o fundador do Partido dos Trabalhadores considerou que o conflito entre Rússia e Ucrânia estourou porque não houve investimento nas negociações de paz.

“Eu não conheço o presidente da Ucrânia (Volodymyr Zelensky). Agora, seu comportamento é um pouco estranho, porque parece que ele faz parte de um show”, disse ele.

Ou seja, opinou, “ele aparece na televisão de manhã, à tarde, à noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse em campanha. E não na mesa de negociação”.

"Não é possível”, disse o candidato à presidência durante ato em defesa da soberania nacional, em Porto Alegre (RS), na última quarta-feira (1º)

Prensa Latina
Lula critica Joe Biden por ajuda armamentista à Ucrânia




Nações Unidas

Ele considerou urgente e necessário criar uma nova governança mundial e considerou que as Nações Unidas não representam nada disso.

“A atual ONU não é levada a sério pelos governantes. Porque cada um toma decisões sem respeitar a ONU”, disse.

Ele pediu “para reconstruir a ONU, incorporar mais países, envolver mais pessoas. Se fizermos isso, começaremos a melhorar o mundo”, enfatizou.

Desglobalização: Como conflito na Ucrânia pode isolar e prejudicar países emergentes

Sobre a crise, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, disse na sexta-feira que não é necessário que seu país discuta se haverá uma Terceira Guerra Mundial, mas sim analisar como evitá-la.

Desta forma, aludiu à especulação internacional sobre a possibilidade desta guerra e sobre a forma que tomaria se ocorresse, à qual sugeriu ignorar a questão e preocupar-se em preveni-la.

A porta-voz lembrou que Moscou indica há anos que o direito internacional e a ONU devem constituir “a rede de segurança” que protege o mundo e permite que esse evento seja evitado.

“Porque eles surgiram após a Segunda Guerra Mundial como garantia para evitar uma Terceira Guerra Mundial. De uma forma ou de outra, eles fizeram o seu trabalho”, afirmou.

Otan, nazismo e armas biológicas: os reflexos do conflito na Ucrânia além da economia

De acordo com Zakharova, há três ou quatro anos seu país vem alertando sobre o desejo dos países ocidentais de destruir o direito internacional e introduzir a chamada ordem mundial baseada em regras que eles promovem. “Isso é extremamente perigoso”, alertou.

Redação Prensa Latina


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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