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"Repita uma mentira e ela se transformará em verdade": os discípulos de Goebbels voltam a atacar Cuba

Goebbels não contou com os recursos tecnológicos atuais para a Segunda Guerra, mas suas "recomendações" ainda têm devotos em um planeta profundamente diferente e contra um pequeno país de país de 12 milhões de habitantes
Víctor M. Carriba
Prensa Latina
Havana

Tradução:

O dilúvio de notícias falsas (fake news) que não cessa contra Cuba lembra um dos mais sinistros personagens da Alemanha nazista e seu cérebro da propaganda: Joseph Goebbels.

“Repita uma mentira com suficiente frequência e ela se transformará em verdade”, é uma das mais conhecidas sentenças do homem que maquinou a informação transformando Adolf Hitler em quase um semideus para seus concidadãos.

Um personagem que foi responsável máximo por uma guerra mundial que ocasionou a destruição de boa parte da Europa e a morte de mais de 50 milhões de pessoas, entre militares e civis.

Repetir uma mentira mil vezes é uma fórmula clássica para fazer com que algo falso seja tomado por verdadeiro, disse Goebbels, segundo diversos estudos sobre essa sinistra figura.

A mesma que dizia que “toda propaganda deve ser popular, adaptando seu nível ao menos inteligente dos indivíduos aos quais é dirigida”.

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Considerado a mão direita de Hitler, o denominado ministro para a Ilustração Pública e a Propaganda elaborou um decálogo em matéria de publicidade, entre cujas recomendações estava: “mais vale uma mentira que não possa ser desmentida do que uma verdade inverossímil”.

Outras ideias básicas da propaganda nazista eram: “atribuir ao adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo ao ataque com o ataque” e asseguravam que “se não se pode negar as más notícias, inventa outras que distraiam daquelas”.

Goebbels não contou com os recursos tecnológicos atuais para a Segunda Guerra, mas suas "recomendações" ainda têm devotos em um planeta profundamente diferente e contra um pequeno país de país de 12 milhões de habitantes

Prensa Latina
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Ofensiva contra Cuba

Não é casual que a ofensiva contra Cuba tenha ganho força inusitada depois de uma nova condenação quase unânime nas Nações Unidas contra o bloqueio dos Estados Unidos à ilha, os êxitos dos cientistas cubanos na criação de vacinas próprias para enfrentar a Covid-19 e o reconhecimento internacional da ajuda médica cubana a outros países na luta contra a pandemia.

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Nessa linha, Goebbels enfatizou a necessidade de “calar quanto às questões sobre as quais não se têm argumentos e dissimular as notícias que favorecem o adversário”, isso “com a ajuda de meios de comunicação afins”.

Sem dúvida, um esquema similar ao aplicado agora contra Cuba e que hoje conta com o imenso alcance das redes sociais e sua manipulação, contas verdadeiras e falsas, os chamados influencers radicados no estrangeiro e a grande imprensa de direita.

E tudo isso apoiado por grandes recursos financeiros radicados nos Estados Unidos, em particular na cidade de Miami, e uma variedade de personagens de reconhecida posição contra Cuba, entre eles senadores, governadores, prefeitos e jornalistas ali sediados.

Eventos e imagens manipuladas

Trata-se de um vendaval de eventos e imagens manipuladas antes e depois dos recentes distúrbios ocorridos na ilha caribenha, amplamente divulgados nas plataformas do Facebook e do Twitter, como denunciou o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, o governo e a maioria das organizações da sociedade civil cubana.

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Uma ofensiva lançada no meio da pandemia da Covid-19  e no calor de 243 medidas restritivas decretadas pela anterior administração estadunidense de Donald Trump e que o atual governo de Joe Biden mantém em toda sua dimensão.

Goebbels não contou com os recursos que hoje fornecem as chamadas Tecnologias da Informação e da Comunicação para a Segunda Guerra Mundial, mas suas “recomendações” ainda têm devotos seguidores em um planeta profundamente diferente e contra um pequeno país de 12 milhões de habitantes que decidiu seu próprio caminho.

Cessem a mentira, a infâmia e o ódio, pediu Díaz-Canel ao insistir que Cuba é profundamente alérgica ao ódio, denunciando “o bombardeio de imagens carregadas de violência, sangue, protestos, alaridos, vandalismo, ameaças, assédio e repressão” que não teve pausa nos últimos dias.

Víctor M. Carriba, da equipe de Prensa Latina

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Víctor M. Carriba

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