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Campanha "Milão não para" foi um erro, admite prefeito da mais próspera cidade italiana

Após quase um mês, a província é a terceira mais atingida pela pandemia do novo coronavírus e região tem quase 5.000 mortes por coronavírus
Redação Sul 21
Sul 21
Rio Grande do Sul

Tradução:

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconheceu que errou ao ter divulgado o vídeo de uma campanha que dizia que a cidade “não para”, no fim de fevereiro.

Depois de quase um mês, a província é a terceira mais atingida pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com quase 35 mil contágios e 4.816 mortes até quinta (26/03)

“Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título ‘Milão não para’. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente, errado”, disse Sala à emissora Rai, no último domingo (22/03).

Após quase um mês, a província é a terceira mais atingida pela pandemia do novo coronavírus e região tem quase 5.000 mortes por coronavírus

Foto: Divulgação
Prefeito de Milão Giuseppe Sala: estava errado ao apoiar campanha ‘Milão não para’

O vídeo viralizou na web em meio à escalada dos casos na Itália e após o governo ter decidido confinar as 11 cidades do norte do país que haviam registrado os primeiros contágios por transmissão interna. A peça exalta os “milagres” feitos “todos os dias” pelos habitantes de Milão e seus “ritmos impensáveis” e “resultados importantes”. “Porque, a cada dia, não temos medo. Milão não para”, diz o vídeo.

“Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas”, reforçou o prefeito.

Em 27 de fevereiro, a Itália contabilizava 650 casos do novo coronavírus. Agora são mais de 80 mil. Na época, o primeiro-ministro Giuseppe Conte também chegou a dizer que a vida devia “continuar”.

A campanha vai na mesma linha da lançada nesta sexta (27/03) pelo governo de Jair Bolsonaro, que diz que o “Brasil não pode parar”. Cada vez mais isolado politicamente, o presidente brasileiro passou a defender que a quarentena que diversos governadores impuseram pelo país seja restrita aos grupos de risco. 


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Sul 21

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