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Com 1546 assassinatos, política de extermínio de Witzel bate recorde de mortes pela polícia

O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou as estatísticas de 2019 coletadas em outubro, que já ultrapassaram os números do ano anterior
Redação Esquerda Diário
Esquerda Diário
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Desde o início da série histórica, que teve início em 1998, esse é o número mais elevado: 1546, que já leva a superação do número de mortos em 2018 (que foi de 1534), e faltando ainda dois meses para o fim do ano, pois a estatística foi coletada em outubro.

Os 1546 assassinatos por parte da polícia apontam para o sucesso do projeto de extermínio, que leva adiante essa política de estado assassina apoiada na estruturas das UPPs, criadas em 2008 ainda no governo do PT, e respaldado hoje no governo de Bolsonaro com suas inúmeras demonstrações de racismo e de ofensiva contra a população negra nas periferias, através de ações como o pacote “anticrime” de Moro que amplia a licença de policiais para matar, ou mesmo das demonstrações de ódio às lutas contra o genocídio da população negra pelos partidários reacionários de Bolsonaro, como os deputados do seu ex-partido, o PSL, que perseguiram a figura de Marielle Franco que foi assassinada pela milícia por defender o fim dessa política de extermínio, quando rasgaram uma placa em sua homenagem e rasgaram um cartaz de denúncia à violência policial numa exposição na Câmara de Deputados de São Paulo.

O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou as estatísticas de 2019 coletadas em outubro, que já ultrapassaram os números do ano anterior

Acervo Hora do Povo
Os 1546 assassinatos por parte da polícia apontam para o sucesso do projeto de extermínio

Essa ofensiva contra a população negra do Rio com o pretexto de guerra às drogas e à criminalidade só serve para aprofundar o racismo estrutural presente na sociedade brasileira, já que a saída para enfraquecer o tráfico que monopoliza o comércio de drogas é a legalização de todas elas com produção e comércio sob controle dos trabalhadores, e as ações policiais nas comunidades só levam ao aumento da violência para os moradores que têm suas vidas aterrorizadas pela ação da polícia covarde que não poupa nem mesmo as crianças que, só de janeiro a setembro desse ano, somaram 17 vítimas do assassinato policial.

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A violência se aprofunda na sociedade à medida que se aprofundam as contradições sociais e de classe. Não é a população negra e periférica que deve pagar pela enorme desigualdade social responsável pela violência, onde a busca pela sobrevivência e oportunidades vai levar a procura por saídas que o Estado não oferece a população mais pobre. A crise econômica que acentua as contradições sociais deve ser paga pelos capitalistas e não com a retirada de emprego, saúde, educação e de qualquer perspectiva que tenha essa juventude. Por isso, a saída para o genocídio da população negra encabeçada hoje no país pela política assassina de Witzel passa por uma saída anticapitalista, que lute para por abaixo essa sociedade fundada na violenta exploração da miséria dos trabalhadores pelos capitalistas.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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