Tal como anunciado no La Jornada nos últimos meses, as dissidências das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) executam várias ações nas quais se pode ver a alta tecnologia por trás de sonoras explosões.
A polícia informou na última sexta-feira (16) que havia descoberto o planejamento de um atentado com explosivos no edifício onde funciona a Corte Suprema de Justiça, depois que as autoridades invadiram uma casa no sul da capital e encontrarem explosivos junto com uma maquete do edifício. Após isso, o governo reforçou a segurança do Palácio de Justiça.
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No final de outubro de 2023, o comandante Mechas, considerado o chefe máximo das dissidências em Catatumbo – fronteira com a Venezuela – assegurou ao La Jornada que ele e seus homens haviam sido os autores materiais do ataque contra uma guarnição militar em Cúcuta, sede da Brigada 33, onde utilizaram alta tecnologia, incluindo a transmissão ao vivo do episódio. Ele disse também que, ao entrar no mundo da tecnologia de ponta, “a guerra muito em breve passará do mundo agrário para as cidades”.
Uma das plataformas mais agressivas da direita colombiana, que se autodenomina Anonymous, se pronunciou na manhã de sábado (17) sobre atentados cibernéticos e enviou uma mensagem ao presidente Gustavo Petro: “estamos observando com preocupação como você quer destruir a Colômbia, mas #Anonymous não esquece, nos aguarde”.
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A Colômbia continua sendo o país com mais ataques de cibersegurança na América Latina, informou a IBM em seu recente relatório do Índice de Inteligência de Ameaças Xforce da IBM para 2024.
Além dos danos não materiais causados pela ação dos rebeldes cibernéticos, as frentes mais ativas das dissidências das FARC atacaram durante várias semanas guarnições militares com drones, cujo manejo as forças militares atribuem ao treinamento de organizações terroristas internacionais.
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