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ToggleApós várias semanas consecutivas de queda, a capital paulista voltou a registrar aumento no número de internações por Covid-19. Dez dias depois da cidade entrar na fase 4-verde do Plano São Paulo, que coordena a reabertura do comércio e dos serviços, o número de pessoas internadas chegou a 228, o mais baixo desde o pico da pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, divulgados em 18 de outubro. Depois disso, houve um novo aumento, que se mostrou contínuo. Agora a cidade chegou a 368 pessoas internadas, segundo o boletim municipal divulgado ontem (4). Um aumento de 48,7% nas internações em cerca de duas semanas.
Além disso, segundo os dados do Boletim Coronavírus do governo estadual, a média móvel de novas internações por Covid-19 na Grande São Paulo, que voltou a incluir a capital paulista no dia 9 de outubro, registrou novo aumento e uma tendência de platô, encerrando a queda que vinha sendo registrada desde o pico da pandemia, em junho. Os dados mostram que a média móvel de internações em 18 de outubro chegou a 499, menor valor desde o pico. Mas voltou a subir, chegando a 546, em 31 de outubro. E marcando 520 novas internações ontem (4).
A média móvel de mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo também voltou a subir, de acordo com os dados do governo estadual. Depois de chegar a 16,29 mortes por dia, em média, no dia 27 de outubro, os registros tiveram uma nova alta e hoje (5) estão em 26 mortes por dia. Depois de encerrar outubro em queda, o número de novos casos também iniciou outubro apresentando uma tendência de alta, após a média móvel chegar a 646, em 19 de outubro. Em 1º de novembro, a média já estava em 841 novos casos por dia.
Rovena Rosa/EBC
A média móvel de mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo também voltou a subir.
Situação preocupa
Os dados confirmam o apontamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no final de outubro, de que havia uma tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade de São Paulo. Cerca de 97% dos casos de SRAG em 2020 tiveram como causa o novo coronavírus. Segundo a Fiocruz, a capital paulista tem tendência de estabilização do número de novos casos – o que significa uma interrupção na queda – no curto prazo e tendência de aumento no longo prazo – período de aproximadamente seis semanas.
Para o médico sanitarista e ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, a situação indica que não houve manutenção na tendência de queda de internações e novos casos de covid-19 com o avanço para a fase 4-verde do Plano São Paulo. E que não se pode descartar um novo aumento grave nos índices. “Há uma percepção entre vários diretores de hospitais de referência de que aumentou mesmo. A manutenção da tendência de queda não se deu. No mínimo, a epidemia está assumindo um novo patamar de casos, em platô mais baixo, mas persistente”, avaliou.
Apesar disso, só vai ser feita atualização da situação do Plano São Paulo, pelo Centro de Contingência do Coronavírus do governo paulista, em 16 de novembro, após o primeiro turno da eleição municipal. Isso porque o governo de João Doria (PSDB) mudou o sistema de classificação para mensal, só havendo alteração se uma região precisar voltar à fase 1-vermelha. O que pode manter uma aparente situação de controle da pandemia por mais tempo, apesar de os dados indicarem piora.
Baixada Santista
A situação é semelhante na Baixada Santista, que também entrou na fase 4-verde, em 9 de outubro. A tendência de queda que vinha se demonstrando estagnou. Depois de atingir uma média móvel de 23 novas internações, em 27 de setembro, os números voltaram a subir e chegaram à média de 37 novas internações ontem.
No caso das mortes, a menor média móvel foi de 3 óbitos, em 8 de outubro, número que não mais foi alcançado. Em novembro, a média chegou a 6,7 mortes diárias. Os novos casos também registram tendência de alta, após chegar à média de 151 por dia, em 22 de outubro. Em novembro, os dados revelam média sempre superior a 200 novos casos por dia.
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