As más condições em que as crianças imigrantes vivem em abrigos americanos refletem-se no aumento diário dos casos de coronavírus.
Os Estados Unidos continuam liderando com o maior número de casos de infectados e mortos pelo Covid-19. Os abrigos para crianças migrantes não são exceção: “Em um abrigo para 70 crianças em Chicago, na segunda-feira (12) havia 19 crianças infectadas e dois funcionários, no dia de hoje subiu para 37 casos.”
É sabido que as condições em que vivem as crianças que foram separadas de seus pais ou que chegaram ao norte sozinhas são terríveis. Não existem medidas mínimas de saúde, como luvas, máscaras, gel desinfetante, precaução de distanciamento social ou qualquer
tratamento para pessoas infectadas.
Reprodução: Twitter
Os abrigos em Chicaco deveriam proteger os menores em situação de vulnerabilidade
Há pouco tempo, documentos oficiais de casos de abuso por agentes de fronteira dos Estados Unidos foram divulgados.
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Agora, a juíza Dolly M. Gee, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, ordenou a libertação de crianças imigrantes detidas com medo de que elas adoeçam pelo coronavírus. Isto se deu por causa de um relato de quatro crianças infectadas pelo vírus detidas em um abrigo em Nova York.
Alguns advogados representando crianças migrantes disseram que o governo continua forçando as crianças a ir a tribunal, independentemente do risco de contágio.
As políticas xenofóbicas e racistas do governo Donald Trump tornaram a estadia dos migrantes que chegam ao país cada vez mais difícil. Hoje essa situação piora em meio à pandemia. É urgente exigir direitos plenos a todos os trabalhadores internacionais, assim como medidas de atenção urgentes, começando pelo fechamento imediato dos centros de
detenção de migrantes e que visem uma atenção efetiva à crise.